IN MEMORIAM

“Cada um que passa em nossa vida passa sozinho,

porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra...

Cada um que passa sozinho, não segue sozinho nem nos deixa só:

Leva um pouco de nós e deixa um pouco de si mesmo...

Eis a mais bela realidade da vida.

A prova tremenda de que ninguém se aproxima do outro por acaso...”

(Adaptação livre de texto de Antoine de Saint-Exupéry)

 

 

Escrever sobre quem não está mais entre nós talvez seja a mais difícil tarefa com a qual nos defrontamos. Como fazê-lo sem ser piegas ou funesto, deixando o registro do convívio destes amigos na exata medida, sem que a emoção da saudade nos domine ao relembrá-los?

Decidimos usar as imagens alegres do tempo em que eles ainda estavam entre nós e comentários extraídos de e-mail sobre estes amigos - passagens que bem ilustram seus comportamentos e aventuras, as quais vão nos ajudar a lembrar de muitas outras passagens, tenho certeza.

Conseguimos as fotos de quase todos, infelizmente alguns companheiros serão lembrados somente em fotos “3X4” do tempo da EPCAR ou da AFA.

Todos foram perdas sentidas, todos eram companheiros, amigos e “irmãos”: Aderson, Aguiar "Martelo" - assíduo frequentador dos almoços mensais em Belo Horizonte, Almeida - a alegria ambulante, Ângelo "Padre", Antônio Carlos, Ary “Testa de Latão”, Autran "Sapão", Barbosa “Barbunda”, Beato - que vinha organizando as reuniões da nossa Turma até 1996, Bispo “Super-Bicho”, Cabral, Carneiro, Carvalho (71), Carvalho (77) "Súb", Cefas, Cerezetti, Cerqueira “Mico de Realejo”, Cefas, Celso, Clenézio "Babão ou Nenéo", Constâncio “Molu” - que adorava capoeira, Costa, Curado, Dejair, Destro "Peixinho Dourado", Detoni “Camofo”, Donato “Magro”, Dos Santos "Zêta", Duarte, Élcio, Ernesto “Arataquinha”, Flores, Franco “Gato de Armazém” - Quem não comprou roupa da Gledson vendida por ele nos tempos da AFA?, Galluzzo "Galancho", Garcês “Racumin”, Gomes, Jayme “Aranha”, Jayro "Cachorrão", Jerson, Junior - o mais jovem de toda a Turma, Leão, Lima "Cicatriz", Lobo, Loraydan “Manequim”, Lucci - que estava organizando a revista da nossa Turma da AFA antes de vir a falecer, Luiz “Arataca”, Malcher – que participava e ajudava muito nas reuniões e encontros da Turma, Mandarino, Marcato “Pinda”, Marcus “Sagüi”, Mário Lúcio, Mauro “Baby”, Mendonça “Muvuco”, Miranda, Mota - o primeiro a deixar nosso convívio, Naves, Neder, Nélio “Boa Base”, Neves “Fuinha”, Oliveira, Pacheco "Gato", Pinho, Pinto "Pintinho", Quaiati “Quaiatelho”, Rati “Pé de Anjo”, Reinaldo "Nardinho", Reis, Ribeiro “Boca”, Romulo "Lampião" - uma das perdas mais sentidas, Ruy - o risonho campeão de judô, Santos, Serra, Sidnei “Parrudo”, Souza “Bitolado” - nosso eterno Brigadeiro, Tamarindo “Seu Tata”, Torquato "Torcum", Torres "Bira", Venício, Viruez - o companheiro boliviano, Wagner "Curirica" e Willie – perda tão sentida pelas turmas mais modernas quanto a nossa, como pode ser percebido pelos comentários abaixo do seu nome.

Vinte e três destes companheiros não seguiram para a AFA: Aguiar, Almeida, Ângelo, Cabral, Carneiro, Carvalho (71), Cefas, Elcio, Ernesto - que foi direto para o CFPM em Natal, Flores, Garcês, Malcher, Marcus, Miranda, Mota, Rati, Reinaldo, Reis, Ribeiro (71), Santos - que foi direto para o CFPM em Natal, Tamarindo, Venício e Wagner; e outros dezoito foram incorporados à turma na AFA: Antônio Carlos, Carvalho (77), Celso, Cerezetti, Cerqueira, Costa, Dejair, Lobo, Lucci, Mário Lúcio, Neder, Neves, Pacheco, Pinho, Ribeiro, Serra, Torres e Viruez.

Apenas o Mota veio a falecer quando a Turma ainda estava na EPCAr: saiu numa sexta-feira e não voltou, mais ou menos como aconteceu com o Leão quando estávamos na AFA.

Para todos estes amigos que partiram deixamos a nossa homenagem.

Turma Maracujá

 

 

 

José CELSO Fernandes

( * 11/11/1954 - 21/10/2023 † )

77-242

 

O Celso era um dos desaparecidos da Turma, desde o seu desligamento em voo, no primeiro ano do curso na AFA (08/07/1974). Como não havia cursado a EPCAR, foram só uns seis meses de convívio com a Turma. Acabei localizando-o, se não me engano, durante os preparativos para a reunião de 2017 na AFA. Agradeceu ao convite, mas encontrava-se debilitado pela doença e não tinha condições de comparecer. No período que antecedeu a reunião da Turma em 2024 na AFA tentei novo contato para convidá-lo, mas quem respondeu foi seu filho que informou do seu óbito recente, ao final de 2023. Soubemos que restava uma dívida relacionada ao seu sepultamento e a Turma contribui espontânea e rapidamente para seu encerramento, cabendo o agradecimento de seu filho: “Agradeço de coração a todos pelo aporte financeiro, foi maravilhoso e ajudou de forma indescritível! Está era a última dívida do meu pai.”

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

 

71-045 

Marco Antônio Pereira AUTRAN de Abreu

( * 21/06/1953 - 19/06/2023 † )

77-189

 

O Autran sempre foi um grande amigo e uma figura ímpar na Turma. Dono de um espirito gozador e bonachão, colocava apelidos em todos e gostava de imitar o sotaque dos caipiras da Turma, principalmente o Marcato. Nosso eterno diretor de transporte no terceiro ano da EPCAR, quando saiu da FAB a pedido, em 14/06/1974, foi trabalhar no IRB e lá se aposentou. Dizíamos que ele era afilhado do Bob Jefferson. Radicado em Santa Rita do Passa Quatro abriu um bar, mas faliu porque estimou um movimento além da realidade do lugar. Seu maior orgulho e amor era o netinho que morava com ele. Quis o destino que um infarto fulminante levasse nosso querido amigo, logo ele que dizia que morava em um lugar pacato demais e que morreria de velhice. Ao final de um almoço no Rio de Janeiro, um mês antes de sua partida, trocamos um longo e fraterno abraço talvez um sinal da tragédia que o levaria. A última foto é desse almoço, em 17/05/2023, no Empório Santa Therezinha.

PADILHA (71-003 ▪ 77-150)

 

 

71-077 

JAYRO José da Silva

( * 19/08/1953 - 14/06/2023 † )

77-005

 

Desligado em voo no primeiro semestre do curso na AFA (03/06/1974), foi selecionado para ocupar uma das vagas abertas no Curso de Formação de Oficiais Intendentes da nossa própria Turma, concluindo o curso ao final de 1977.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

 

 71-255

Luiz Roberto DOS SANTOS

( * 14/07/1952 - 22/01/2023 † )

77-115

 

 

 

 

 

Pedro Ramalho NEDER

( * 27/01/1952 - 08/12/2022 † )

77-274

 

O Neder era da Turma de 70 na EPCAR, então, quando chegamos na Escola em 1971, ele cursava o segundo ano. A Turma dele foi a última a passar um ano dedicado à instrução aérea no CATRE, em Natal-RN, após o curso na EPCAR, antes de seguir para a AFA. Foi nesse período, em 1973, que ele foi desligado em voo e acabou prestando concurso para o Curso de Formação de Oficiais Intendentes de 1974. Aprovado, foi incorporado aos Intendentes “puro-sangue” da nossa Turma na AFA: aqueles quinze Cadetes Intendentes que ingressaram na AFA ao mesmo tempo que os Cadetes Aviadores da Turma Maracujá. Gente boa, não teve problema para se enturmar, mesmo tendo sido veterano na EPCAR.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

 

 

Ubyrajara Antonio TORRES de Moura

( * 31/08/1954 - 18/08/2022 † )

77-294

 

O Torres era Soldado da Aeronáutica quando prestou concurso para a nossa Turma na AFA. Desligado em voo em 1977, último ano do curso, acabou sendo matriculado e concluiu o Curso de Formação de Oficiais Intendentes no ano seguinte: 1978. Ao final do curso, foi designado para servir em Belém, onde acabamos por conviver por mais de um ano depois da minha apresentação no 1º EMRA/BABE no segundo semestre de 1979. Ele era muito alegre e participativo, mas ao final da carreira, antes de passar para a Reserva e fixar residência no Recife, algo aconteceu que fez com que ele optasse por se isolar do convívio com os companheiros da FAB e reclamar muito de tudo e de todos. Apesar disso, minha lembrança sempre será daquele sorriso espontâneo e contagiante dele.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

 

71-081

Jorge Alberto TORQUATO Pessoa

( * 11/04/1954 - 13/08/2022 † )

77-184

 

Natural do Rio de Janeiro, Torquato acabou desligado em 21/03/1975, no segundo ano da AFA, e optou por seguir para a Escola de Especialistas de Aeronáutica – EEAR, concluindo o curso de Sargento Especialista em Eletrônica em 1978. Ao passar para a Reserva, fixou residência em Barbacena, onde viveu, com sua família e seu violão, até seus últimos dias.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

 

71-158 

Antônio Carlos DESTRO

( * 05/04/1956 - 29/07/2022 † )

77-085

 

Primeiro ano da AFA, estávamos no pátio e Destro perguntou para os que estavam por perto o que eram aquelas instalações ou o que havia por trás daquela grande parede espelhada. Ele foi até bem perto do vidro para tentar enxergar o que havia por trás dele, pois o reflexo do sol impedia que visse facilmente. O então Maj. Castilho, Comandante do Corpo de Cadetes estava observando aquela cena toda da parte interna do prédio, do outro lado do vidro. Levantou-se da mesa de trabalho e veio para uma frente de onde o Destro estava e postou-se a uns dois passos da parede de vidro. De repente o Destro saiu de ré quase caindo e prestando continência, quando avistou o então chamado "Canícula Zero" do outro lado do vidro.

LISBOA (71-033 ▪ 77-029)

Quando estávamos na AFA, acredito que no segundo ano, o Destro era gordinho e tinha uma dor na coluna que o incomodava muito. Ele fazia um tratamento com algum especialista da área. Um dia ele reclamou que a dor estava incomodando muito, a ponto de não conseguir estudar.  Ele se deitou no chão do alojamento e me pediu para, literalmente, caminhar sobre sua coluna. Ele dizia que aquele exercício aliviava a sua dor. Eu ponderei, dizendo que podia agravar a dor, pois eu não tinha ideia de como era feito. Ele insistiu, dizendo que era tranquilo e que só aquilo aliviaria. Era para andar por sobre a coluna, pé ante pé e que o movimento ia estalar a coluna e colocá-la no lugar. Muito apreensivo fiz o que me pedia. Acredito que tenha resolvido, pelo menos temporariamente, aquele seu problema. Era um grande amigo e confiava nos irmãos de caserna.

DOERL (71-105 ▪ 77-112)

De acordo com a nossa classificação final na AFA, eu e o Destro pudemos escolher Recife como sede da primeira experiência profissional. Apesar de pertencer ao Parque de Material Aeronáutico e ele ao II COMAR, acabamos sendo vizinhos em um prédio único da Aeronáutica, no bairro de Piedade. Destro, sempre foi amigo, mas reservado com relação a sua vida pessoal, mas quando estávamos juntos, era alegre e divertido, tirando sempre uma boa piada das situações mais inusitadas. Inteligente, passava a imagem de ser um profissional competente e simpático.

MEIRELES (71-168 ▪ 77-107)

 

71-079 

Carlos GALLUZZO

( * 19/12/1952 - 18/06/2022 † )

77-090

 

O Galluzzo era um cara especial! Tivemos pouco contato durante os tempos de EPCAR e AFA, mas lembro bem dele e de sua musicalidade nos presenteando com sua apresentação no Festival de Música da EPCAr em 1973. Soube que ele tinha sido um Caçador na FAB, e que havia saído com outros companheiros para a aviação civil nos idos de 87, mas nunca mais tinha ouvido falar nele. Um problema no CEMAL o obrigou a abandonar a aviação comercial, tendo adquirido dois taxis. Uma bela noite, em uma recepção no Clube da Aeronáutica na Barra, quem está lá se apresentando com sua banda Bons Tempos? O “Gallancho”! (como era chamado no meio da Turma, com aquela mania de colocarmos a terminação “ancho” nos nomes próprios e em tudo.). Articulei para que fosse se apresentar no Três Potes, um restaurante mineiro na Barra da Tijuca, e foi um sucesso! Conheci a Isabella e pedi que a banda tocasse duas músicas de um conjunto norte-americano, o Classics IV: Storm e Traces, fora do repertório deles. Eles ensaiaram com afinco e no dia da apresentação, meu aniversário, fizemos uma surpresa para a Isabella, que agradeceu emocionada a todos. Infelizmente, depois de alguns anos, encerrou-se a parceria da banda com o restaurante e a Banda passou a se apresentar esporadicamente no Clube da Aeronáutica na Barra. No fim de 2020, eu e Isabella resolvemos passar um feriado em Cabo Frio. o Galluzzo soube e me ligou querendo se encontrar. Marcamos um jantar e passamos uma noite maravilhosa: dois casais amigos que se reviam com alegria e carinho. Mantivemos um contato regular pelo WhatsApp e, em junho de 2022, fui informado pelo Barreto da internação dele em um hospital do Rio, com um quadro gravíssimo de COVID. Rapidamente coordenamos, com sucesso, uma ajuda financeira junto à Turma para apoiar a família (*), mas não deu tempo, o coração do grande guerreiro não resistiu... ele nos deixa com a certeza da missão cumprida. Na missa de sétimo dia não tive palavras para Ângela, sua eterna namorada, apenas a abracei demoradamente, e juntos choramos pela partida do querido amigo.

PADILHA (71-003 ▪ 77-150)

(*) Exatamente às 11:10h do dia 17 de junho de 2022, Padilha e Barreto postaram um aviso no grupo Maracujá pedindo ajuda para pagar um médico intensivista para acompanhar o Galluzzo no Hospital, visto que o plano de saúde dele não cobria essa despesa. Apenas sete horas depois, às 16:10h do mesmo dia, a meta estabelecida para o pagamento foi atingida com a contribuição de vários Maracujás. Infelizmente os esforços não foram suficientes e nosso amigo sucumbiu na manhã do dia seguinte.

 

Tive a felicidade de dividir o apartamento no 4º ano com Galluzzo, Osmar e Rogério. Um dos poucos em que ninguém foi desligado naquela “carnificina” que foi o último ano da AFA. Uma convivência em que todos aprendemos muito uns com os outros.

AQUINO (77-234)

Na EPCAR eu e o Galluzzo nos cumprimentávamos assim: “Oi Galancho!” “Fala Capancho!”

EUSTÁQUIO (71-303 ▪ 77-087)

Grande Galluzzo, foi meu instrutor no Grupo de Caça quando comecei a voar F-5, em 1985. Maracujá raiz, turma de 71, muito gente boa. Éramos vizinhos na vila em Santa Cruz. Ele saiu da FAB e partiu para a Aviação Civil. Participava de um grupo cover dos Beatles que fazia muitas apresentações pela Barra e Recreio, inclusive no Clube de Aeronáutica do Rio. Vimos e apreciamos, eu e a esposa, apresentações do grupo, que era muito bom.

SÁVIO (72-047)

 

71-211 

Fernando Luiz dos SANTOS

( * 26/05/1954 - 17/06/2022 † )

 

 

Tivemos pouco contato em BQ. Fui reencontrá-lo no 1°EMRA em Belém-PA, já oficiais aviadores. Pessoa sincera e leal, tenho ótimas lembranças desta época.

PIRES (71-041 ▪ 77-092)

Acho que foi em 1974, fui para Santos passar uma semana na casa do Santos. Chegando lá ele virou para mim e falou que infelizmente ele teria de passar o final de semana no Rio de Janeiro. Quando eu falei que, nesse caso, pegaria minha mala, ele disse que não me preocupasse, pois tanto a família dele como seus amigos cuidariam de mim até que ele voltasse. Ficamos parados algum tempo, aí eu perguntei onde ele ficaria no Rio de Janeiro e ele respondeu que procuraria uma pensão. Na mesma hora eu disse: "Negativo, meus pais e meus amigos cuidarão de você!". E assim foi feito. Espero que meus pais e amigos tenham cuidado dele tão bem quanto cuidaram de mim em Santos!

BORGES (71-187)

O Santos me ligou, acredito que em 76 ou 77 e disse que estava indo para o Rio de Janeiro. Foi lá em casa e ficamos conversando. Certo momento eu falei para procurarmos um barzinho. Orgulhoso da minha cidade, o levei para o Pão de Açúcar! Em um momento, crente que estava abafando, mostrei para ele a beleza da paisagem e ele me perguntou: "Está vendo aquela pedra?". Era um morro de pedra. Quando respondi que sim, ele me falou que sobrevoava aquela pedra 4 vezes ao dia! Duas na ida e duas na volta!

BORGES (71-187)

Bom piloto, ótimo caráter! Um cara sério e honesto. O contratei na HELIJET e foi um dos melhores pilotos que tivemos.

PADILHA (72-065)

 

 

Ademir da Silva CARVALHO

( * 03/08/1952 - 25/02/2022 † )

77-255

 

Tive pouco contato com o saudoso PQD Carvalho (nosso querido Subão) na AFA, um dos graduados egressos da FAB que entraram com nossa Turma em 1974 no Ninho das Águias, fiquei só um ano e busquei novos caminhos na vida. Quase 30 anos depois, já dono de um taxi aéreo e uma escola, vejo uma figura entrando no meu hangar gritando: Padilha, Padilha, era o velho Subão, já na reserva envolvido com um negócio de Vans e dizendo que queria voltar a voar, acabou realmente conseguindo operar os famosos helicópteros russos da Atlas Taxi Aéreo na bacia do rio Urucu, perto de Coari, ponto central da exploração de gás na Amazônia naquela época.... Reatamos a amizade e mantivemos contato até sua partida... ele vivia em Vitória e a última vez que o vi foi no CAer Barra, ele participava de um churrasco do esquadrão Pantera... me ofertou uma caneca de alumínio do esquadrão. Um grande sujeito, boa praça, bom papo, inteligente, sentiremos sua falta.

PADILHA (71-003 ▪ 77-150)

 

71-277 

José Luis PINTO Cardoso

( * 28/07/1955 - 09/02/2022 † )

77-110

 

Fiz o curso ginasial na mesma escola que o Pinto, mas só o conhecia de vista. No primeiro dia na EPCAr, queria fumar após o café, mas esteva sem cigarro, vi o Pinto fumando e pedi um cigarro, mas ele negou. Nosso primeiro contato não foi nada bom, mas depois fizemos uma grande amizade. Nas férias no Rio saíamos juntos, íamos a ensaios de escolas de samba, brincávamos Carnaval no mesmo grupo. Foi meu padrinho de casamento e eu sou padrinho de sua filha Simone. Sempre foi muito carinhoso com todos. No dia que minha filha viajou para um Intercâmbio Internacional de Jovens ele foi almoçar em minha casa para se despedir da menina e chorou ao fazê-lo - aí choramos todos. Perdi um grande amigo.

ANTÔNIO (71-301)

Em nossas conversas no Bar Garota de Pilares, sempre falava bem da Turma e fazia planos para irmos ao encontro de 50 anos em Barbacena.

VIANNA (71-035 ▪ 77-148)

 

 

José GERARDO Saraiva

( * 28/03/1953 - 03/02/2022 † )

77-235

 

 

 

 

71-047 

Márcio Antônio AGUIAR de Albuquerque

( * 17/06/1953 - 19/01/2022 † )

 

 

Aguiar era um cara diferenciado, quando chegamos em Barbacena nos idos de 71 já tinha uma cultura aeronáutica de fazer inveja em qualquer um. Conhecia os caças americanos e soviéticos nos seus detalhes operacionais além, claro, dos aviões comerciais nas suas respectivas companhias aéreas com seus prós e contras. Bom também no linguajar nordestino, nos surpreendia com expressões bizarras como "oh macho escroto" ou "num fresca porra" fazia a alegria da turma B com toda aquela diversidade cultural juvenil. Não seguiu o caminho da prática da aviação, mas como engenheiro foi encontrar sua "alma gêmea" no projeto aeronáutico de Alcântara.  Frequente nas nossas reuniões mensais do restaurante do Minas, vai deixar muitas saudades nos nossos causos contados.

PIRES (71-041 ▪ 77-092)

No almoço com a Guarnição Mineira no Minas Tênis, em fevereiro de 2020, conversamos muito e ele disse que estava bem e feliz.

MOREIRA (71-046)

 

71-152 

Jorge Mota LIMA

( * 10/12/1952 - 27/12/2021 † )

77-030

 

 

AO Lima, quando chegou na EPCAR, tinha uma cicatriz na testa que parecia uma marca de vacina, em um formato que fazia lembrar o mapa da América do Sul. Acredito que a marca o incomodava tanto que ele resolveu fazer uma cirurgia plástica em uma daquelas férias maiores de fim de ano. Acho que foi nas férias de 1973, antes da apresentação na AFA. Infelizmente, a cirurgia não deu muito certo e ele trocou a marca de mais ou menos 1,5 cm por uma cicatriz em zig-zag na testa, que ia quase da raiz dos cabelos até a sobrancelha. Desligado em voo no primeiro ano do curso na AFA, formou-se em Direito e ingressou na Polícia Federal. Ao deixar o serviço na Polícia Federal em Belém, sua cidade natal, passou a exercer a advocacia.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

 

71-125 

REINALDO Santos Lima

( * 19/09/1952 - 08/11/2021 † )

 

 

Conviveu conosco durante os três anos da Turma na EPCAR, mas depois de concluir o curso não prosseguiu para a AFA. Carioca de nascimento, morava no Rio de Janeiro-RJ quando nos deixou.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-318 

ÉLCIO Marques de Araújo

( * 22/11/1952 - 04/11/2021 † )

 

 

Nascido em São Paulo-SP, só passou o primeiro ano (1971) com a Turma na EPCAR. Seguiu outro caminho e acabou sendo declarado Aspirante a Oficial Especialista em Infantaria de Guarda no ano de 1977, ao concluir o respectivo curso na antiga EOEIG, em Curitiba-PR. Residia em Araruama-RJ quando sua esposa avisou à Turma que ele havia falecido.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-272 

José Francisco da Conceição PINHO Souza

( * 08/12/1953 - 21/09/2021 † )

77-213

 

Hoje eu chorei ao saber que o Chico já voltou.

O Chico? Voltou? Que Chico? Voltou de onde?

O Chico, senhor simples, alegre, com muitas histórias, com uma solução para cada problema, com um conselho para cada um. Mesmo morando na sua simples casa no meio do mato sem recursos tecnológicos, não havia um só assunto que ele não estivesse atualizado, desde os fatos mais simples à política e economia global. Ele voltou de maneira repentina, partiu dali no seu trabalho, cuidando da terra e certamente esperançoso por chuva para prosperar. Tão rápido e nem se despediu, nenhuma recomendação. Ele, o Chico da Caixa. Assim era conhecido. Mas porque recebeu esse nome? Aí seria um capítulo à parte da história do homem que daria muito mais do que um livro.

EIzaneide Maciel (Amiga)

O Pinho era filho de uma família grande e simples, o pai era fazendeiro no Maranhão e ele era apaixonado por aviação. Conhecia tudo sobre a aviação da II Guerra, em especial admirava a competência e habilidade dos pilotos alemães. Quando iniciamos o 4º ano da AFA, com o treinamento no T-37, ele sentia náuseas sempre que usava a máscara de oxigênio, mas seu instrutor admirava muito sua paixão e garra. Em todo pouso, na reta final, o Pinho vomitava, e mesmo durante essa fase crítica do voo, ele afastava a máscara para vomitar e não queria que o instrutor ajudasse no controle do avião, conseguindo fazer todas as tarefas vomitando. Infelizmente, para imensa tristeza dele, foi desligado e muito desgostoso, simplesmente sumiu, voltou para o Maranhão e seguiu a carreira do pai. Após mais de 20 anos sem ter notícias, ele apareceu na minha casa em S. José dos Campos com toda família: mulher, 3 filhos e a empregada, em um VW Gol 1000, após viajar quase 3.000 km. Passaram alguns dias na minha casa, passeamos um pouco pela região, fomos a praia, etc. e ele voltou para o Maranhão. Desapareceu novamente, fiz alguns contatos via telefone, mas ele sempre estava na fazenda, onde não havia comunicação..

WELLINGTON (77-207)

De vez em quando eu tento novas soluções para localizar algum Maracujá desaparecido. Assim foi com o Pinho. Fiquei muito amigo da família do Suboficial que foi meu auxiliar em Londres e certo dia lembrei que a esposa dele era de Carolina. Contei a história, passei as informações que tinha, e pedi a ajuda dela para localizar o Pinho. Ela acionou a família e os amigos em Carolina e depois de várias idas e vindas acabaram localizando o “Chico da Caixa”, como era conhecido por lá, por ter sido gerente da agência da Caixa Econômica, até que largou tudo e foi cuidar da fazenda no interior. Ele não tinha telefone, mas me passaram o telefone de um vizinho que ele visitava todo domingo. No domingo seguinte liguei e consegui falar com ele por um longo tempo, atualizando as histórias de nossas vidas. Ficou de ligar depois, mas não retornou.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

Era uma figura muito querida por todos na AFA. Apesar da dificuldade no voo, sempre se mostrou alegre e positivo.

SERVAN (77-219)

 

71-050 

CLENÉZIO da Silva Oliveira

( * 03/08/1952 - 29/07/2021 † )

77-086

 

Meu último contato com o Clenézio foi no fim de abril. Soube que ele estava enfrentando problemas de saúde e resolvi telefonar para dar uma força. Ele disse que, normalmente, encontrava-se debilitado pelos medicamentos, mas que naquele dia estava mais disposto. Conforme conversávamos, ele foi se animando e trocamos boas lembranças, como da vez que eu e mais uns três companheiros de turma fomos visitá-lo em Cabo Frio e, dentre outras aventuras, ele nos guiou por uma trilha até uma praia isolada. No caminho ele disse que ia pescar um peixe com a boca. Lógico que duvidamos, e ele mergulhou da trilha que ficava um pouco acima das pedras onde as ondas quebravam e voltou com um peixe atravessado entre os dentes. Coisas do Nenéo!

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

Apesar do tempo e da distância, ainda mantenho aceso o afeto que o amigo despertava nos outros e que correspondia à altura.

DIAS (71-171 ▪ 77-179)

Tinha um coração do tamanho do mundo, sempre amigo, sempre leal.

FRANZ (77-253)

A primeira instrução de H-13 na Base Aérea de Santos, em 1983, foi com o Ten. Clenézio. Figura humana ímpar. Profissional impecável.

Jeferson Vanderly (75-211 ▪ 78-069)

Será sempre uma referência para mim, não só pela extrema competência técnica como também pela maneira de tratamento com todos, tinha satisfação em ensinar o que sabia, nunca fez "pano preto". Voar com ele era uma alegria.

Alexandre Nami Arbex

Só me vem a memória aquele baixinho ex-capitão da FAB chegando para unir-se à nossa equipe em Porto Gavião! Amigo querido por todos nós!

Nardo Rene Robledo Quintero

Um ícone! Nunca conheci alguém tão amado por TODOS, sem exceção. Unanimidade!

Karoline Diniz

Você que sempre viveu perto do céu finalmente ganhou as estrelas. Você tocou incontáveis corações com sua luz, com sua alegria, sabedoria, humildade e bondade. Minha tristeza nesse momento só não é maior do que minha gratidão por ter tido o privilégio de te ter como pai, conselheiro, mestre, confidente e melhor amigo. Te amo pra sempre, pai!

Marcela Oliveira (Filha)

 

71-165 

Paulo José de Almeida RIBEIRO

( * 20/08/1954 - 30/03/2021 † )

 

 

Conversei com o Ribeiro em dezembro de 2020. Falei sobre a reunião de 50 anos da Turma em 2021, que acabou transferida para 2022, trocamos fotos recentes e do tempo da EPCAR, enfim, colocamos o papo em dia. Ele estava animado a participar da XVI Maracujada, mas em abril de 2022, sua esposa nos informou de seu falecimento: no retorno do passeio de bicicleta que fazia todas as manhãs cedinho teve um enfarte fulminante na garagem do seu prédio em Ipanema, no Rio de Janeiro..

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

 

Luiz Antônio SERRA

( * 08/06/1950 - 08/03/2021 † )

77-244

 

O Serra sempre foi um grande amigo e de fundamental importância no trabalho do CENIPA. Enquanto ele lá esteve conversávamos todos os dias. Grande amigo, professor de português, melhorou a redação dos Relatórios Finais de Acidentes. Pessoa de fácil trato, tinha a amizade e o respeito de todos. Frequentemente mostrava a mim os seus escritos para um livro, até que ele decidiu sair e dedicar seu tempo aos projetos literários. Publicou o melhor livro de pesquisa sobre o sertão nordestino "O Sertão Anárquico de Lampião". Era carioca da Penha, filho de portugueses e amava o Nordeste. Sua filha, também escritora, com dois livros publicados, certamente deverá prosseguir na finalização dos livros que ele tinha em seus sonhos.

FRANZ (77-253)

Estava numa ótima fase da vida com várias palestras e publicações em alta. Acompanhei seu trabalho à distância e sempre que podia o cumprimentava nas redes sociais.

AQUINO (77-234)

O Serra era controlador de voo no Santos Dumont e instrutor de voo em Jacarepaguá. Um aluno ou ex-aluno que tinha um avião viajou e deixou o avião com ele, e o Serra passou a ir para o trabalho de avião!

BORGES (71-187)

Quando nos conhecemos, ao saber que eu havia feito a EPCAR, ele me contou da sua passagem pela AFA e disse que era da Turma 77. Respondi, então, que ele era de três turmas após a minha, mas conversando ele falava nomes que eu conhecia. Um ou dois passariam batido, mas eram TODOS nomes conhecidos! É que ele dizia que era 77 (ano de formatura) e não 74 (ano de matrícula) que era o que eu esperava! Levei meses para saber que o sistema de numeração de turmas na AFA era diferente da EPCAR... Ele também era um Maracujá!

BORGES (71-187)

 

 

Mario Lucio da Costa PACHECO

( * 11/12/1952 - 29/10/2020 † )

77-264

Ingressou na AFA em 1974 e ficou exatos dezessete dias na Turma, quando pediu desligamento do Curso. Seguiu para o CPOR em Natal-RN, onde conclui o curso de piloto da reserva da Aeronáutica em 1975, junto com Bourrus, Cefas, Cruz, Loreto, Pires, Petrocchi e Renhe tendo sido designado para o ETA-1, na Base Aérea de Belém. Ao concluir o tempo que se obrigou a servir, passou para a reserva e ingressou na Aviação Civil, tendo seguido carreira até se aposentar pela extinta Avianca, onde era Chefe de Treinamento. Apesar de não ter participado das grandes reuniões da Turma Maracujá, de vez em quando aparecia no Restaurante Três Potes, ponto de encontro da Turma no Rio de Janeiro, para bater um papo com os companheiros, na época em que morava no Condomínio em frente ao Restaurante.

PADILHA (71-003 ▪ 77-150) & PIRES (71-041 ▪ 77-092)

 

71-272 

Lecio CLETO de Araujo

( * 29/12/1954 - 27/03/2020 † )

77-101

 

Este Maracujá costumava dizer: “Lécio Cleto de Araújo filho de Anália, irmão de Leidiclarie (é assim mesmo) e macho de Inês (que era prima e namorada)!” Era um highlander (imortal)! Tinha: DEZESSETE stent e TRÊS pontes de safena. Sofreu um assalto que o debilitou muito, teve um infarto em maio de 2019, e quase morreu na cirurgia para a retirada de uma bolsa de colostomia em 2020. Tinha mais vidas que os gatos! Fazia planos para consolidar uma metalúrgica e deixar algo para os três filhos: Pedro, Paulo e João (engenheiro que mora na Alemanha). Foi uma enorme perda, e ao fim da vida ele vai retornar para sua terra natal: Garanhuns. Era uma pessoa diferente, ótima índole e com um humor diferente.

EDIMAR (71-290 ▪ 77-074)

Sou filho do Lécio Cleto de Araújo (Jabá). Ele tinha muito orgulho de ter feito parte da Força Aérea (Turma EPCAR 71) e gostaria de ser lembrado por vocês.

Paulo Vitor (Filho)

O Cleto merece e será eternizado em nosso site.

PADILHA (71-003 ▪ 77-150 - Respondendo ao Paulo Vitor)

Um grande sujeito e um grande homem, uma perda imensa para nossa Turma de 1971.

PADILHA (71-003 ▪ 77-150)

Um homem do bem, sempre disposto a ajudar, amigo, trabalhador, empreendedor. Um exemplo para a sociedade!

Rodolfo Neves (Amigo)

 

71-294 

WILLIE Monteiro Rodrigues de Carvalho

( * 25/03/1954 - 19/12/2019 † )

77-170

 

Creio que a marca registrada da personalidade do Willie é o elevado grau de solidariedade que sempre residiu naquele coração pleno de bondade. Missão cumprida com louvor...

DIAS (71-171 ▪ 77-179)

 

O Willie escreveu uma história fantástica na aviação. Ele teve uma participação contundente na evolução das nas manobras que a Esquadrilha da Fumaça faz desde que os Tucanos começaram a operar. A base para o voo invertido teve seus primeiros passos ensaiados com ele e o Siqueira, ainda com o T-25, que tinha muitas restrições para essa condição de voo. O domínio do voo de cabeça pra baixo virou uma espécie de assinatura da nossa Esquadrilha da Fumaça. Sua história pessoal sempre se confundiu com a paixão pelo voo. Sempre foi motivador. Inspirou gerações. Viveu uma época que dificilmente será vivida de novo. Quem o conheceu pessoalmente pode atestar o ser humano incrível que foi.

Ruy FLEMMING

Magnífico piloto e oficial, mas gigantesco ser humano que marcou a todos nós que o conhecemos.

Luiz F Silveira

Enquanto instrutor... nos idos de 98 e 99... tive o privilégio de liderar e voar na ala dele em inúmeros voos. Para mim foi uma “escola” em ambas as posições. Guardo na memória todas as suas dicas e o aprendizado de sua excelente técnica de voo. Além disso... representou um “ídolo” para minha geração na aviação.

Jeronimo Vilela

Grande piloto e instrutor! Acima de tudo um ser humano ímpar!

Jose Garcia

Nada de tristeza pessoal... ele continuará fazendo suas PIRUETAS em nossos corações, pois foi, é, e sempre será um fumaceiro em nossos espíritos. Homens como estes nunca partem, apenas deixam a formação rumo ao sol, pois luz é o que fizeram e em luz se transformaram.

Mauricio Mol Marcelo

Também fui aluno do Willie! Perfeccionista! Amante dos fundamentos da aviação! Inspirador! Dentro da aeronave ele “puxava” seus alunos ao limite! No solo uma pessoa atenciosa e disponível! Tive muita sorte por tê-lo como instrutor!

Carlos Augusto Pereira Nunes

Há 15 anos cheguei em Pirassununga, e logo comecei a trabalhar em uma empresa de alarme que monitorava a sua residência. Sempre muito educado e cordial atendia o telefone com muita educação e sempre com uma voz de bom ânimo. Uma pessoa que nos transmitia paz. Um amigo me disse que ele fora piloto da fumaça e que havia feito uma proeza de passar em voo rasante por baixo da ponte de Cachoeira de Emas aqui em Pirassununga. Certo dia, estava eu comprando pão na padaria e nos encontramos, e eu na minha maneira inocente fui perguntar pra ele se realmente era verdade a história. Ele com um sorriso largo no rosto me abraçou e caímos na gargalhada. Nunca mais me esqueci desse momento.

Marcio Cardoso

Voamos juntos no CATRE, fui seu instrutor e muito feliz e agradecido por termos dividido o cockpit, muitas vezes realizado ao ver o aluno superar o mestre.

Paulo Cezar SOUZA LIMA

Emocionante ler todos estes depoimentos sinceros sobre esse amigo querido. Talvez os próprios companheiros de turma não tenham percebido o quanto a sua passagem pela terra e pelos ares foi marcante e quantas boas impressões e bons exemplos ele deixou na vida de tantas pessoas. Espero que ao chegar no céu seja-lhe permitido ler todos estes depoimentos e ver quão marcante foi a sua existência. Que a família consiga superar a perda e que nós consigamos manter viva a chama que ele deixou em nossas vidas.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-243 

Laudo Corrêa de MIRANDA

( * 30/10/1954 - 21/11/2019 † )

 

 

 

Não tive muito contato com o Miranda durante nosso tempo na EPCAR, ele era um aluno “moita”, como dizemos daqueles que não aparecem muito no grupo, e não chegou a ser matriculado na AFA – deixou a Escola em agosto de 1973, mas quis o destinoque tivéssemos a chance de nos “reencontramos” e nos conhecermos melhor na XI Maracujada, em 2012, realizada em um Cruzeiro pelo litoral paulista – era a terceira Maracujada que ele participava. Passamos ali bons momentos! Conheci um Miranda alegre, de bem com a vida, jovial, inteligente, culto e batemos longos papos atualizando os destinos que seguimos após a saída da FAB.

PADILHA (71-003 ▪ 77-150

 

71-056 

Paulo Roberto TAMARINDO

( * 14/02/1953 - 12/10/2019 † )

 

 

Tamarindo era 10, sempre presente nos encontros quando podia. Foi desligado no 3o ano reprovado no CEMAL, mas sempre esteve lado a lado com a Turma.

PADILHA (71-003 ▪ 77-150)

Comparecia a quase todos os eventos no Rio e em BQ. Sempre presente.

NEIVA (71-005 ▪ 77-159)

Tamarindo foi um amigão querido, sempre fiel à Turma, sempre presente nos eventos.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

Estou muito triste, eu, o Sapo e o Lisboa, éramos muito chegados. Estive com ele no Amarelinho há quatro anos.

MOREIRA (71-046)

 

 

Antonio Carlos CEREZETTI

( * 02/01/1954 - 15/08/2019 † )

77-275

 

“Cerezzo” ou “Mamão” era como chamávamos ele, bem mais frequente o primeiro. Oriundo de Piracicaba, trazia consigo toda a cultura do interior, um caipira mesmo, no bom sentido. Penso que teve uma certa dificuldade para se ajustar a um grupo que já se conhecia há muito tempo, e com relações e intimidades que não faziam parte do dia a dia dele. Quando se aborrecia, e isso não era difícil acontecer, ficava vermelho, mas não conseguia falar palavrão. Logo estava adaptado; só ficava uma fera quando acabava a água quente; gente boa, tranquilo, passados os primeiros meses, a não ser pelo sotaque, era um de nós. Depois de oficial encontrei-me muito pouco com ele, acho que foi só uma vez, quando eu estava em uma missão do Cecomsaer, acompanhando uma manobra em Campo Grande-MS, e ele era chefe do Reembolsável, que já não existe mais.

PEREIRA SANTOS (77-276)

 

71-281 

JERSON Nunes de Azevedo Junior

( * 07/09/1954 - 15/10/2018 † )

77-097

Jerson foi acometido por (...), e vinha lutando bravamente há mais ou menos três meses. Bom profissional, Chefe de Máquinas da Mercante, bom chefe de família e amigo dedicado e fiel. Ele pediu-me, um mês atrás, que a turma fosse comunicada quando ocorresse sua passagem, assim cumpro o seu desejo.

COUTINHO (71-051 ▪ 77-158)

 

71-296

NÉLIO Machado Pinheiro

( * 10/02/1955 - 04/06/2018 † )

77-050

 

No tempo de EPCAR e AFA, ele sempre foi tranquilo, mas alegre, perspicaz e brincalhão. Andava meio sumido desde a reunião da Turma em Barbacena, em julho de 1996, mas quando foi incluído no grupo TurMaracujá do Facebook passou a participar ativamente do nosso convívio eletrônico, sempre comentando, sempre nos brindando com a sua alegria.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

Onde acharam essa foto? Não é atoa que as meninas de BQ diziam que eu tinha cara de maluco e não queriam nada comigo! Kkkkkkkkk Também, do jeito que eu olhava. Tinha que ter medo.

NÉLIO (71-296 ▪ 77-050, comentando a publicação de sua foto 3X4 do arquivo da EPCAR)

Não é cara de maluco. É de sonso!

EDIMAR (71-290 ▪ 77-074, respondendo ao comentário do Nélio)

 

71-250 

Almir de Miranda REIS Filho

( * 17/06/1954 - 06/04/2018 † )

 

 

Reservado, sagaz, observador e sacana. Era acima da média, não um expert, nas disputas de sinuca, totó e ping-pong (não dá para chamar tênis de mesa, né?). Ao agregar nas conversas, botava lenha na fogueira só pra ver o circo pegar fogo. Que eu me lembre, ele fustigava umas apostas (quem não apostava alguma coisa naquela época), saía de lado e ficava rindo das encrencas. Tinha uma voz rouca, quase um assobio e penteava o cabelo pelo centro, marca registrada.Esse era o Reis, sempre de canto, cutucando a galera, e quando acontecia de juntar Reis, Leão e Donato... Coitado do Bigelli, ou de mim, né? Sempre sobrava pra mim!

CAPELLA (71-232 ▪ 77-155)

 

71-188 

José Roberto NAVES Silva

( * 26/11/1953 - 19/08/2017 † )

77-077

 

Guardo muitas e boas recordações do nosso colega Naves. Em BQ integrávamos a Turma “F” e, juntamente com o Borges, ríamos bastante naqueles tempos de ouro. Ainda reside na minha memória a sua imagem de atleta da natação, que após os treinos chegava ao alojamento roxo e tremendo de frio. Detentor de um inato talento criativo para desenhar, ao deixar as fileiras da FAB, naturalmente, seguiu a carreira de Arquiteto. Hoje, depois de haver concluído a sua missão terrena, reside em um “condomínio celestial”, onde as dificuldades que rotineiramente enfrentamos não mais lhe atingem.

DIAS (71-171 ▪ 77-179)

 

71-191 

WAGNER Viana de Paiva

( * 31/01/1953 - 03/07/2017 † )

 

 

Com o coração apertado venho trazer a triste notícia que meu querido pai faleceu anos atrás. Peço desculpas pela falta de notícia, mas a vida se transformou radicalmente nos últimos tempos. O velho Wagner foi diagnosticado com uma doença degenerativa no ano de 2015 e em julho de 2017 veio a falecer. Estivemos juntos durante todo tratamento, eu assumi os cuidados e o trouxe para minha casa em Juiz de Fora MG. Foi um período doloroso em que ele ficou muito fragilizado, mas, por outro lado, foi um tempo de muito amor que ele teve oportunidade de conviver com meu filho recém-nascido (seu primeiro neto) em um ambiente familiar. Sei que o pai tinha carinho pela turma Maracujá e peço sinceras desculpas por dar essa triste notícia tão tardiamente.

Pedro Paiva (Filho do Wagner)

Depois que saiu da EPCAR, acabou por concluiu a EEAR em 1981, sendo declarado Sargento BET. Lembro bem dele em um dos inúmeros churrascos da Turma no COGAL, em 2003, meio constrangido no meio de dezenas de coronéis velhos, mas logo se “enturmou”, como pode ser visto nas fotos do churrasco. Nunca mais o vi!

PADILHA (71-003 ▪ 77-150)

 

71-167 

ÂNGELO de Oliveira Filho

( * 05/01/1953 - 29/06/2017 † )

 

 

Na busca pelo Ângelo acabei encontrando uma reportagem sobre seus pais que ocupava a página 12 do Jornal Maranduba News de 20 de novembro de 2011 ('issuu.com/maranduba/docs/jornalmarandubanews31web’). Pelo texto, tratavam-se de pessoas muito conhecidas e tradicionais na Praia de Maranduba, em Ubatuba-SP. Seu pai faleceu ainda jovem, com 40 anos, em 1967. Em 1971 o Ângelo ingressou na nossa Turma na EPCAR e, ao final do curso, seguiu para a Escola Naval, tendo sido declarado Guarda-Marinha ao final de 1977. Na NAVAMAER de 1974, fazia parte da equipe de esgrima da Escola Naval e em um combate contra o Padilha, que representava a AFA, pisou no pé dele, o que quase custou a luta para o Padilha, medalha de bronze ao final da competição. No final de novembro de 2020, deparei-me com a notícia de seu falecimento em 2017.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-284 

Ronaldo José GOMES de Carvalho

( * 22/03/1955 - 10/05/2016 † )

77-192

 

O Ivan me falou que o Gomes tinha partido, mas eu não ecreditei. Pensei que se tratar de confusão com o irmão dele, Gomes Carvalho, que foi nosso instrutor, e que eu sabia ter falecido. Tentei contato por e-mail e telefone para esclarecer a dúvida mas não obtive resposta. Daí, pesquisando na internet, acabei me deparando com o registro de seu óbito. Que surpresa triste.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-122 

CEFAS Alves de Macedo

( * 01/02/1953 - 21/10/2015 † )

 

 

(...) achei lindo o elogio ao Cruz e a alegria que o Cefas tinha de pertencer à Turma Maracujá. Sintam nas palavras dele a alegria de ser um excelente piloto e, ao mesmo tempo, a tristeza de não ter comparecido ao Encontro em Pira em 2014: “Lamento profundamente não poder comparecer a este raro momento de confraternização entre pessoas tão dignas, pelas quais aprendi a ter grande carinho. Felizmente cada um dos Senhores esteve muito bem representado, pelo menos durante a metade da minha vida, por este extraordinário personagem chamado J. Viana, outrora conhecido por Cruz, que graças a sua influência, cresci profissional, moral e intelectualmente. Juntos, por inúmeras vezes rasgamos este nosso espaço aéreo e cruzamos todo este Brasilzão. É curioso como o amor floresce e não se vai mesmo o tempo sendo implacável. Comigo, apesar dos espinhos, aprendi a amar a nossa Escola desde os idos 1958, por frequentá-la quando ainda criança. Como eu admirava aqueles garotos pela sua determinação. Ali já decidira que seria aviador e que a EPCAR faria parte da minha vida para sempre. E é isso que cada um dos Senhores significa pra mim".

ELMAR (71-216 ▪ 77-111)

Grande Cefas. Saiba que se você não esteve presente de corpo, esteve presente, na lembrança de cada um de nós. Foi muito bom o encontro e o nosso Cruz, em todos os momentos falava do amigo Cefas e de suas virtudes como profissional e amigo.

ANTUNES (71-18677-162)

O Cefas finalmente descansou e partiu para o seu último voo. A Família Maracujá perdeu o maior Aviador que tive a honra de conhecer e conviver. O Red Baron (Richtofen) acabou de perder o seu Reinado nos Céus, pois chegou o Grande, o Maior e Melhor de todos para ocupar a cabeceira da mesa dos Grandes Ases da Aviação: O CEFÃO BIONICÃO!

PETROCCHI (71-16977-175)

Colega de muitas jornadas, uma delas marcante, como membro do nosso revezamento 4x100m rasos, em várias formações com o Dias, Paniagua, Edimar, Bernardo, Soeiro, Murilo... em três competições "Troféu Lima Mendes".

EDIMAR (71-290 ▪ 77-074)

 

 

Fernando Augusto de Oliveira NEVES

( * 09/12/1955 - 16/08/2015 † )

77-259

Em 20/08/2014 o Neves retomou o contato com a Turma, relatou os problemas de saúde pelos quais estava passando e solicitou a ajuda dos amigos: “Estive muito tempo sem participar dos eventos (encontros) anuais de nossa turma, o que hoje me arrependo, mas desde que fui para reserva em 2001 me mudei de Brasília para Goiânia, e como aqui não havia ninguém da turma acabei perdendo o contato. As informações sobre a turma só acompanhava pela internet, através dos e-mails do pessoal ou acompanhando a página da turma. Peço desculpas. Hoje retorno. A amizade não acaba.” Muitos Maracujás o ajudaram e confortaram na sua jornada, até que, infelizmente, quase um ano depois, ele nos deixou.

OSCAR (71-21477-176)

O nosso querido amigo partiu para a nova etapa da sua existência da mesma forma com que compartilhou este nosso espaço, sempre discreto e observador. Ele está um passo à nossa frente, pois já cumpriu com a missão que lhe foi destinada nesta nossa caminhada.

DIAS (71-172 ▪ 77-179)

 

71-115 

Ricardo Luiz Rodrigues de CARVALHO

( * 20/06/1953 - 28/06/2015 † )

 

 

Curioso, O Carvalho foi desligado em 1972 da EPCAR e não existe em meus arquivos nenhuma foto dele, nem mesmo aquela foto padrão 3X4 da EPCAR. Nunca soube de seu paradeiro, apesar de nunca ter desistido de localizá-lo. Foi em uma dessas minhas buscas periódicas que acabei encontrando o registro de seu óbito na internet. Ele se foi e resta-nos apenas a lembrança de sua figura.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

E não é que depois de um longo tempo conseguimos encontrar a foto do Carvalho para a Carteira de Identidade Militar expedida no tempo da EPCAR. Estava em um arquivo no CENDOC e foi encontrada graças ao esforço do Jailton (71-310 77-019) do pessoal daquele Centro que fez uma intensa busca em caixas e mais caixas de documentos antigos.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

 

71-218

Marco Aurélio Lassio MALCHER

( * 16/09/1954 - 24/12/2013 † )

 

 

Malcher sempre deixou claro seu carinho por todos nós, e sempre falava desse carinho.

ANDRADE (71-004)

Aproximamos-nos há mais de um ano com tuas mensagens de Ânimo, Esperança e Fé ao nosso grande amigo Rômulo. Nosso último encontro, em agosto, na missa em Botafogo, com emoção nos cumprimentamos... no teu rosto toda a Coragem de quem luta pela vida deste mundo sabendo que o melhor está por vir.

AQUINO (77-234)

 

Não dá para pensar em um encontro de turma sem a figura solícita, calma, comedida e mediadora do Malcher, com a sua fala mansa, em tom baixo, sempre com uma palavra de otimismo nos lábios. Sempre tão pronto a participar de tudo.

MARINHO (71-155)

O nosso Irmão foi e continua sendo extremamente paciente e resignado diante da adversidade da doença. Foi um gigante diante das outras adversidades da vida e por isso seu lado fraternal foi tão desenvolvido.

COUTINHO (71-051 ▪ 77-158)

 

Um amigo que curtia, como poucos, o convívio com a Turma Maracujá. Lembro quando tentava localizá-lo para convidar para a reunião de 2001. Quando consegui falar com ele foi uma mistura de surpresa e alegria. Imediatamente confirmou que compareceria à reunião e que o mantivesse informado. É um dos mais antigos participantes do e-group e sempre esteve pronto a ajudar.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-162

ROMULO Peixoto Figueiredo

( * 31/10/1955 - 19/07/2013 † )

77-003

 

BRASIL PERDE UM DOS SEUS MAIS IMPORTANTES PESQUISADORES AERONÁUTICOS.

Revista Asas nº 76 (Dezembro 2013)

Espero que todos guardem a imagem do amigo, irmão, falante, inteligente, criativo, bem... são muitas as qualificações...

FRANCISCON (77-225)

Pois é meus amigos nosso irmão era ÚNICO. Excêntrico por natureza, deixou sua marca por onde passou. Lembro comsaudades dos tempos na AFA, até hoje me pergunto como surgiu nossa amizade... Naqueles tempos em Pira, éramos (sempre fomos) muito diferentes... Eu gaúcho, PQD, distraído e desligado fui aprendendo com ele os fundamentos da doutrina militar... Ele sempre padrão, zero de turma, atleta, disciplinado, disciplinador, amante das letras, das rimas, dos sonetos, das prosas e dos cordéis. Em sua cabeça grande de cearense autêntico, era um amigo dos números, das ciências e das artes mas o que gostava mesmo era de HISTÓRIA... Entusiasmado e dedicado pesquisador buscava sempre o protagonista, o líder e dali tirava ensinamentos que nortearam sua própria vida... Com seu jeito único de ser e pensar deu Amor, Carinho, Atenção e Dedicação a uma das mais belas Famílias que conheço... O cabeça-dura de sempre se derretia quando o assunto era suas filhas... Por outro lado, dava um trabalho danado fazê-lo mudar de ideia e só a minha querida Liz sabia como convencê-lo. Ele teve sua MISSÃO CUMPRIDA! Nós ficamos com as lembranças e saudades. Vai com Deus meu irmão, segue o caminho da Luz!

AQUINO (77-234)

 

iInegavelmente, uma grande pessoa. Inteligente, sagaz, amigo de todos. Velho, você não morreu, apenas adiantou-se, certamente para se juntar aos nossos amigos que estão no céu...

FRANZ (77-253)

um cara fora de série, alegre, positivo, comunicativo, do bem... sem dúvida um dos melhores amigos que tive...

VENZON (71-256)

Abram alas minha gente ao Menestrel da Academia... Amigos e Irmãos Maracujá fiquem certos que o "Cabiçudo" estará comemorando conosco e o GRESUJO os 40 anos na AFA.

CARVALHO (77-255)

Há alguns anos quando estive no Rio e fizemos uma reunião no hotel que eu estava, podemos sentir o grande carinho que ele tinha por todos nós. Quando da minha última ligação para sua residência, quem atendeu foi sua filha e quando sua filha falou que era o Medeiros ele com dificuldade de falar ainda disse: "É o bichinho?"

MEDEIROS (71-015)

19 de julho, logo após ter recebido a triste notícia que o Rômulo estava partindo: Ao chegar no aeroporto de São Luiz para decolar com destino a Fortaleza lembrei que na última vez em que ele voou comigo, Rio - Natal, ainda na Varig, eu fazia meu primeiro voo num modelo novo, era um Boeing 737-800 recém saído da fábrica. Por coincidência, no pátio de estacionamento em São Luiz... um modelo novo da Airbus, A320, estalando de novo e que também ainda não havia voado, nos aguardava ... tive a sensação de sua presença e me atrevo a dizer que meu amigão apareceu para se despedir fazendo uma escala rápida na sua querida Fortaleza. Foi um voo tranquilo e senti como se estivesse ali, no jump seat, fazendo um Pouso Final antes de seguir rumo à Vida Eterna.

AQUINO (77-234)

Leia o texto "HOMENAGEM AO ROMULO", na página Prosas & Versos, escrito pelo TITO (71-311 ▪ 77-098)

 

 

71-185

Marcos VENÍCIO Pereira dos Santos

( * 17/03/1953 - 15/01/2013 † )

 

 

Homem simples, extremamente vibrador e agradecido a Deus pelos seus anos vividos e seus amigos conquistados em BQ. O Venício sempre foi o "arrimo" de toda a sua família, que foi crescendo e cada vez mais dependente dele. E ele nunca "negou fogo". Franzino mas com uma tremenda energia, criou e manteve uma família maravilhosa. Mas tudo tem o seu tempo e o Grande Arquiteto do Universo reclamou para si o seu filho, que, com certeza, já havia cumprido a sua missão. E ele se foi, deixando exemplos de dignidade, honra e hombridade. Com certeza, o Venício está colhendo as venturas das sementes que aqui na Terra plantou, em um lugar destinado aos seres humanos ímpares na sua passagem pelo Planeta. Que descanse em paz, meu Amigo e Grande Maracujá.

RENE (71-300 ▪ 77-061)

Conheci o Venício em 1970, num cursinho para a EPCAR. Ele era magro, pequeno, mas com um coração enorme e muita coragem! Tinha medo de tudo, mas a tudo enfrentava. Passamos o primeiro ano em BQ, mas ao final de 1974 ele acabou deixando a Escola e perdemos o contato. Em 2000, em Brasília, recebi a ligação de alguém que chorava tanto que eu me assustei. Achei que conhecia aquela voz, mas não conseguia identificar o que dizia. Achando que a ligação poderia ser do RJ, fiquei preocupado e perguntei se minha mãe estava bem. O chorão disse que não era do RJ, mas eu não entendia mais nada. Aquilo me aborreceu e eu falei duro: “Acalme-se e respire fundo, pois não posso entendê-lo assim”. Então, após respirar fundo várias vezes ele disse: “É o Venício!”. Aí foi minha vez: precisei do dobro de tempo que ele para parar de chorar! Vinte e seis anos depois ele viu meus dados de contato na página da Turma na internet e resolveu ligar!

BORGES (71-187)

Revi o Venício e conheci os familiares dele numa visita que gentilmente o Hrasko me guiou. Ele repousava em casa já muito magro. Conversamos, fizemos orações e todos ficamos comovidos com a força da família e com a fé de todos. É uma perda irreparável para toda a família Maracujá.

EDIMAR (71-290 ▪ 77-074)

Pude conviver com o Venicio quando morei em Vitória-ES e descobri um ser humano com um coração maior que seu pequeno corpo... Se eu acreditasse em vida após a morte, teria a certeza que para ele estaria reservado o melhor lugar do céu... Vai em paz amigo!

PEHRSON (71-222)

 

 

MÁRIO LÚCIO Ferreira Borges

( * 08/03/1954 - 15/11/2012 † )

77-250

 

Atualizando os endereços dos Maracujás que moram próximo a Brasília deparei-me com a triste notícia que o Mário Lúcio veio a falecer em 2014, em consequência de um acidente na sua casa, em Luziânia-GO.

OSCAR (71-21477-176)

 

71-309

Luiz Antônio de OLIVEIRA

( * 29/10/1953 - 27/10/2012 † )

77-053

 

Em fins de 71, ambos tínhamos namoradas no Rio. A família dele me acolhia como se eu fosse um filho. Fomos para Manaus juntos em 1972. Durante a faculdade de engenharia, quando eu fazia cursos de verão na UFRJ e na Nuno Lisboa, eles me apoiavam. A mãe do Oliveira e o pai são meus segundos pais. Perdão aos incrédulos, mas a conexão é tão grande, que em 2011, em sonho, a minha mãe soube do agravamento da saúde do Oliveira. Aos 80 anos, decidiu ir ao Rio para visitá-lo. Fomos todos, minha mãe, irmã, meu cunhado, um primo e eu.

EDIMAR (71-290 ▪ 77-074)

Um amigo tranquilo e leal. Uma grande perda.

VINICIUS (77-211)

Cumpriu a sua tarefa, com humildade e sobretudo amor ao próximo, com lealdade, honestidade e profissionalismo. A sua amizade continuará em nossos corações.

FREITAS (71-080 ▪ 77-166)

Fiquemos felizes pela sua história, pelos momentos que juntos compartilhamos e pelo testemunho que podemos dar à sua família.

DIAS (71-172 ▪ 77-179)

Admirava-o como profissional e pelo espírito cativante de sincera amizade, paz e compreensão da vida que emanava em seus gestos e palavras, quando tive a honra de compartilhar de seus momentos de companheirismo.

MEIRELES (71-168 ▪ 77-107)

 

 

Antônio Carlos de Oliveira COSTA

( * 09/06/1952 - 25/10/2012 † )

77-297

 

Liguei para conferir o endereço e acabei sendo surpreendido pela notícia do seu falecimento. Mais um Maracujá que nos deixa prematuramente.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-317 

Fernando de Souza ALMEIDA

( * 07/06/1954 - 15/12/2011 † )

77-240

 

É lamentável que, na época do ocorrido, não tivemos a oportunidade de prestar a nossa última homenagem a este MARACUJá que alguém definiu como: "Aquele que eu jamais vi triste".

GRAÇA (71-145)

Triste. Muito triste para nós que aqui ainda estamos. Almeida era a alegria ambulante. Confesso estar tremendamente consternado, pois o Almeida sempre foi um ícone do bom humor, da prestatividade e de um sentido de fraternidade como nenhum outro em nossa turma.

MARINHO (71-155)

Sempre o achei uma excelente pessoa. Transmitia alegria.

BARROS (71-013 ▪ 77-088)

 

71-128

Celso Pereira DUARTE

( * 11/03/1952 - 20/06/2011 † )

77-080 

 

Foi com surpresa que recebi a notícia do falecimento do Duarte, transmitida pelo Theodoro em janeiro de 2011. Pensei logo em um engano, afinal, o Duarte mantinha contato com diversos companheiros da turma, e uma notícia dessa natureza deveria ter chegado ao nosso conhecimento por várias fontes. Logo em seguida consultei o pessoal que faz parte do nosso “e-groups” e o Padilha acabou confirmando a notícia, depois de falar com o Soares, que morava próximo do Duarte. Uma pena... mais um Maracujá que partiu, deixando a turma triste com a sua prematura ascensão.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-030

Márcio André Neves RATI

( * 05/08/1955 - 15/01/2010 † )

 

 

O Rati sofreu uma parada cardíaca enquanto fazia natação no dia 06/01/2010. Ficou oito dias no CTI, mas teve algumas complicações devido à aspiração de água e não resistiu. Peço a gentileza de comunicar o fato à turma dos "Maracujás" porque o Márcio gostava muito de todos.

Maria Eugênia (esposa)

 

71-011

Carlos Alberto BARBOSA Souza

 ( * 21/03/1954 - 25/10/2009 † )

77-147

 

O Barbosa é um desses raros homens de bom coração, correto e batalhador.

MARINHO (71-155)

A lembrança que tenho do Barbosa (vulgo “Barbunda”) é de estar sempre sorrindo...

HRASKO (71-088)

Resta-nos agora a saudade daquela figura sempre risonha, pois é o sorriso do Barbosa que levaremos na nossa saudade. Jurubanga!

SCHNEIDER (71-238 77-054)

Falar do Barbosa é falar de Bené, Lázaro e Pinheiro. Lembro dos “VI” no meio da semana para dar uns amassos nas namoradas “camôfas” na Praça do Globo. Em uma dessas ocasiões, eu, o Bené e o “Barbunda” demos de cara com o Ten. Ávila que passava de carro. O que fazer? Resolvemos agir naturalmente e o cumprimentamos com um cordial “boa noite”. No dia seguinte, na Escola, ele retribui a gentileza - vocês sabem como!

LÁZARO (71-084 ▪ 77-195)

Numa das idas para a fazenda da namorada do Bené, em um fusca emprestado por um enfermeiro da Escola, faltou gasolina. Para continuar a viagem, descemos do carro naquela estrada de terra e, enquanto o Bené ficava na direção, empurrávamos o carro na subida e nas decidas subíamos nos estribos, apoiados nas colunas das portas, aproveitando o embalo até o carro parar. Assim foi até a chegada ao nosso destino. Depois de um almoço maravilhoso na fazenda, e de abastecermos o fusca com um pouco de gasolina emprestada pelo “sogro” do Bené, colocamos o pé na estrada. No meio do caminho, depois de uma barbeiragem do motorista que não me lembro quem era, batemos com o carro. Ninguém se machucou, a não ser o Bené que bateu a cabeça no retrovisor interno e ficou com um chifre na testa. Depois do acidente, anoitecendo, abordamos um caipira que passava para pedir auxílio e o mesmo pediu que o seguíssemos até a casa do seu patrão. Eu e o Barbosa o seguimos enquanto o Bené e o tal motorista ficaram no carro que não andava mais. Mesmo na escuridão e com uma chuva fina, o matuto andava tão rápido que era difícil segui-lo até que a certa altura eu reclamei: “- PQP! Vai mais devagar que estou com as meias molhadas de tanto pisar nessas poças de água!” A resposta do nosso guia, num tom bem tranqüilo, nos deixou na dúvida de quem, realmente, era matuto: “- Uai seu moço, isso não é poça d’água não. É bosta de vaca!” Depois disso tudo, ainda chegamos na EPCAR sem o carro do enfermeiro!

LÁZARO (71-084 ▪ 77-195)

 

71-241

Sergio FLORES de Oliveira

( * 30/05/1955 - 17/10/2009 † )

 

 

Queria deixar o registro de uma passagem que aconteceu na AFA. Como todos sabem, na nossa turma temos o Rosas e o Flores. Não sei por que, o Flores não estava presente numa chamada e o cadete do 4o ano insistia em chamar pelo Flores: “- Cadete Flores, Cadete Flores...”. De repente se ouve uma voz lá nos fundos: “- Serve Rosas?”. Já imaginam o que aconteceu...

TORRES (77-294)

Carioca típico da Penha, que perfaz exatamente o perfil do carioca alegre, brincalhão, levava tudo na gozação, mas de um coração extremamente generoso e solidário como o é usual das pessoas do Rio de Janeiro.

SCHNEIDER (71-238 77-054)

Lembro do seu riso, de suas piadas, de suas tiradas que ficaram guardadas em nossas recordações fraternas. Qualquer dia amigo a gente vai se encontrar.

ANDRADE (71-004)

Em 1971, nos encontramos em BQ. Naquele ano lá longe, nasceu uma amizade, posso dizer, divina. Nestes trinta e poucos anos, por questões óbvias de vida, foi cada um para um lado. Por quase uns cinco anos, Flores passava perto da minha casa e eu da dele, mas nunca nos encontramos. Um dia nos encontramos e não nos separamos mais. Encontramos o Hrasko, o Pherson, o Renê e o Carvalho. Ao chegarmos ao hospital - eu, Hrasko e Renê, ele nos viu na porta e disse: lá vêm os três mosqueteiros.

VENÍCIO (71-185)

O céu ficou mais alegre com a chegada do Flores.

MEDEIROS (71-015)

 

71-078

Paulo Renato Silva e SOUZA

( * 26/08/1954 - 21/01/2009 † )

77-060

 

Estávamos numa aula de instrução militar. Tínhamos que desmontar, lubrificar e montar uma pistola, que imagino fosse uma Colt 45, no menor tempo possível. Na minha bancada - mais parecia uma mesa de concreto - estávamos em quatro, incluindo o Souza. Sempre fui competitivo e na aula anterior tentamos atingir o tempo do Souza que estava entre os melhores. Iniciamos ao mesmo tempo e, no afã de vencer, o Souza sofreu um corte na mão ou no dedo, não lembro mais, causado pelo mecanismo da pistola que empurra as balas. Recordo com perfeição que a sua expressão facial concentrada, com os lábios comprimidos, não sofreu nenhuma variação. Ignorando o sangue e a nossa tentativa de auxiliá-lo, concluiu a tarefa com perfeição num tempo mínimo, bem melhor que os nossos. Este episódio marcou-me profundamente, melhorou o meu padrão de exigência e fez crescer a minha admiração pelo Souza.

EDIMAR (71-290 77-074)

O nosso Hulk de Souza sempre desejou a embarcada e realizou seu sonho brilhantemente. É só parar para lembrar do nosso tempo na Embarcada que logo vemos o Souza em todas as lembranças.

PAIS (71-149 77-142)

Amigo leal, profissional sério e justo. Grande camarada, dedicado e comprometido integralmente ao seu ideal e à Força Aérea, em particular à Aviação Anti-Submarino e de Patrulha. Lealdade e alegria sempre foram marcantes em seu caráter. Quantas vezes não vi um ambiente encher-se com sua gargalhada, sua alegria e otimismo. Não podemos deixar de lembrar a 'tosqueira": Nos divertíamos vendo ele no pátio de Santa Cruz, ainda tenente, alinhando as bequilhas de "seus" P-16's na marra.

VINICIUS (77-211)

Mano, meu peixe e guerreiro. / Cardeal e Maracujá. / Quantas lembranças eu tenho / E aqui estou eu a pensar

Já em BQ tu falavas / “Caça não, Deus me livre!” / “Meu negócio é a Embarcada” / “Um sonho que sempre tive”

Catrapo sempre alinhado / Às vezes alto ou veloz / Baixo nunca ficavas / Nem lento à 80 nós

Me lembro daquela noite / Chovia, que escuridão!  / À meia milha surgia / O Cardeal e seu avião

Figura marcante nas festas / Com álcool nada bebias / Mas quando a fome apertava / Comias tudo o que vias

E o tempo passou ligeiro / Ligeiro que nem percebi / Quando te vi Brigadeiro / Aí então entendi...

Tu foste embora tão cedo / E não adianta chorar / Vá com Deus e sem medo / Ele está a te convocar

Missão cumprida Guerreiro!  / Na terra, no mar e no ar / Sucesso na nova jornada / Saudades aqui vais deixar!

AQUINO (77-234)

 

71-181

Carlos Cezar GARCÊS e Silva

( * 15/3/1954 - 27/12/2008 † )

 

Lembro-me de uma vez em que eu, o Garcês e mais um Maracujá que não me recordo quem era, fomos almoçar no restaurante de um hotel perto da escola. Acabando a refeição, o Garcês pediu a sobremesa. O garçom trouxe um prato com mamão cortado em cubos grandes e colocou na mesa, meio longe do nosso amigo. Daí ele, em vez de pedir o prato para perto de si, esticou o braço e com o garfo fazia um movimento de vai-e-vem, querendo espetar o mamão. É claro que a fruta era espetada, mas não vinha no garfo dele. Eu comecei a rir e ele foi ficando furioso. Pra minha surpresa, ele deu uma olhadinha sacana pros lados, largou o garfo e enfiou a mão no prato de mamão, dizendo assim: "- Vem cáááááá!!!".

DANTAS (71-086 77-187)

O Garcês ficou apenas um ano em BQ e foi uma figura ímpar em nossa turma "F". Estava sempre com aquele gingado da zona norte do Rio, bibico enterrado, chamando-me de peixinho. Certo dia, uma sexta-feira, dia de revista ao uniforme, ele foi vestir a sua túnica azul e esta estava cheia de leite condensado. Ele lambeu o leite condensado e me perguntou: "e aí peixinho, dá prá passar na revista do Chumbinho?" Este era o nosso querido Garcês. Nunca mais o vi e nem tive notícias dele. Que Deus o tenha em seus braços e abençoe muito sua família.

EITEL (71-165 77-065)

1. Nos fins de semana, na EPCAr, enquanto uns acordavam para ir ao rancho, outros dormiam até tarde. Naquele sábado, o Cardoso e o Borges trouxeram pão no bolso da japona para o Garcês e para mim que ficamos dormindo. O Cardoso foi acordar o Garcez para entregar o pão e tomou um esporro: tinha que deixar o pão embaixo do travesseiro para que ele comesse ao acordar. O Cardoso puxou a coberta e quase jogou o Garcês no chão. Foi uma encrenca danada no alojamento!

2. Estávamos passeando na Praça dos Macacos num sábado, fazendo hora para almoçar em um restaurante que deixava a gente pagar depois. O Cardoso começou a encarnar no Garcês apontando para os macacos: "- olha lá, parece um parente próximo teu!". O Garcês pegou corda e começou a correr atrás do Cardoso pela Praça, e nós encarnando nele. Foi uma sacanagem só e depois almoçamos todos juntos.

3. Num fim de semana ensolarado colocamos os shorts e fomos tomar banho de piscina. Éramos uns seis: eu, Garcês, Cardoso, Borges, Martins, D’Agostino. Martins e D’Agostino estavam brancos como vela e o Garcês começou a encarnar neles no caminho da piscina. Chegando lá os caras da guarda não deixaram a gente usar a piscina e ainda nos botaram para correr ameaçando colocar a gente de serviço. Corremos muito até o alojamento e o jeito foi tomar banho de chuveiro mesmo.

4. Em uma aula de sobrevivência na selva, numa das vezes que o Garcês estava com o uniforme de campanha impecável, um sargento instrutor pegou o bibico dele, encheu de lama, enterrou na cabeça dele e ainda deu um tapa de cima para baixo, deixando o Garcês todo lambuzado de lama. O Garcês nem se alterou e foi uma gargalhada geral.

VENÍCIO (71-185)

Bons tempos da turma "F" onde havia o lanceiro do Lobianco me enchendo o saco nas aulas de química. O Garcês roncava e (...) colava nas provas de matemática.

FRANÇA (77-308)

 

71-094

MAURO César Pimentel de Andrade

( * 26/10/1954 - 08/06/2008 † )

77-165

 

Não posso esquecer a entrada que ele fez no nosso encontro de Pira, em 2004: estacionou em área indevida, um VW sedam, parecido com um gol preto e saiu em direção a nós, de roupa de couro, cachimbo e cabelo avermelhado com mechas alaranjadas.

MOREIRA (71-046)

No nosso último encontro em BQ fomos ao Gino’s na noite anterior ao. Lá para as tantas o Mauro resolveu fazer um strip-tease para uma mesa repleta de velhotas, ao fundo do bar, depois de ter bebido e dançado direto. Foi uma “saia justa” para nós, pois a filha do dono do Gino`s estava no caixa e o bar ainda estava repleto de camofos. Por sorte nossa, nossos colegas que estavam acompanhados já haviam se retirado. O velho Mauro só não apanhou porque ainda estávamos em um grupo grande. Ele só parou depois de insistentes sinais de nossa parte e de um olhar e sinais enérgicos do nosso impoluto Presidente Padilha. Ao fechar do bar, por volta das cinco da manhã, fomos para o hotel e levamos o Mauro a tiracolo. Um pouco mais tarde, nesta mesma manhã tínhamos missa, formatura e etc., mas o Mauro não conseguiu acordar e perdeu o evento.

MOREIRA (71-046)

 

71-315 

Orlando Pinto CABRAL

( * 13/11/1954 - 08/07/2006 † )

 

 

Nascido na cidade de Custódia, no sertão do Moxotó, interior de Pernambuco, o bom pernambucano, depois de três anos na EPCAR, tendo se formado, não seguiu para a AFA. Retornou às suas origens, formou-se oficial da PM-PE, tendo atuado como comandante da 2a. CIPM (Cabrobó), e subcomandante do 14o. Batalhão da PMPE em Serra Talhada no final dos anos 90. Foi transferido, a pedido, para a reserva remunerada em 28/11/2000 como Major PMPE.

OSCAR (71-214 77-176)

 

71-304

ARY Monteiro Barroso

( * 22/02/1953 - 13/04/2005 † )

77-193

 

Alguns companheiros, no início do primeiro ano, já eram super conhecidos, populares mesmo e até faziam grande sucesso com isso, outros passavam ao largo, pouco conhecidos, discretos - eram quase que estranhos mesmo já ao fim do terceiro ano. Assim, acredito que só fui trocar as primeiras palavras com o Ary ali pelos meados do segundo ano e mesmo assim, porque ele virou o alvo preferido das brincadeiras dos dois que eram mais colados comigo: Nilson e Sebastião, que não perdiam a oportunidade de chamá-lo de Ary “Testa de Latão”. (...) Ele jamais se aborreceu com essa brincadeira! Chegamos ao final do terceiro ano e cada um seguiu o seu caminho. Por volta de 1977, numa viagem à Curitiba, encontrei-o na rodoviária aguardando por alguém que, por sinal, viajou no mesmo ônibus que eu. Tudo muito rápido, não mais do que um "Oi, como vai?". Só fui encontrá-lo de novo na reunião dos 30 anos em BQ quando relembramos com boas gargalhadas aqueles tempos das brincadeiras do Nilson e do Sebastião. Nunca mais o vi e agora só essa notícia de sua passagem tão repentina e tão solitária. (...) temos a certeza de que um dia partiremos, então é de bom alvitre estarmos sempre preparados, e a melhor preparação, creio, é deixar uma boa lembrança para aqueles com quem convivemos, um ensinamento para os nossos filhos e amigos, uma gargalhada quando lembrarem das nossas peripécias pois diante da fragilidade da vida, rir ainda é um excelente remédio. Vá com Deus Ary, que a luz do Senhor ilumine os seus caminhos. Vá em paz.

GRAÇA (71-145)

 

71-320

RUY Lopes Gonçalves

( * 22/07/1952 - 06/06/2004 † )

77-072

 

(...) judoca faixa preta, sorriso constante. O que aconteceu com ele após os anos que convivemos no mesmo tatame não é de meu inteiro conhecimento (...) de BQ e do Rio de Janeiro, nas férias de 1972/1973, posso lembrar de coisas maravilhosas, as quais nosso companheiro Souza poderá complementar (...), pois foi na sua casa, no Estácio, onde fiquei hospedado (...). O Ruy, sempre foi uma pessoa, que demonstrava não existir tempo ruim, sendo sempre gentil e educado com todos, tendo sempre uma palavra de reforço ao ânimo do dia a dia, além de ser um excelente atleta, campeão tantas vezes por nossa escola (EPCAR). No verão 72/73, fui conhecer sua casa, no Morro do Catete, onde tinha guardado um carro antigo, não me lembro o ano, mas era muito antigo. Um conversível de dois lugares e os dois adicionais eram obtidos através da abertura de um capô traseiro. Descíamos o morro em zig zag (pra quem conhece a descida do morro do Catete), com um volante que tinha quase duas voltas de folga. Podem imaginar a dificuldade em dirigi-lo. Pura curtição. Na época, eu iniciei um namorico com a prima do Souza, que morava em Quintino (ela) e íamos todos passear de conversível (antigo), descendo de Quintino para a Barra, se bem me lembro, outra pedreira para o volante. Na lembrança, um sorriso do Ruy, típico de quem estava dizendo: "- Você não queria dirigir? Pois então agora dirija. Eu disse que era pedreira!" O amor foi de carnaval, mas a lembrança de um irmão, que teve um significado muito grande na minha vida, pela humildade, serenidade, companheirismo, parceria, cumplicidade na busca conjunta de objetivos comuns, fazem deste personagem Maracujá, uma das melhores lembranças que posso guardar na memória. Ruy, 71-320, um dos últimos na numeração, mas o primeiro na minha memória.

PACH (71-273)

 

71-292

Fernando Gonçalves BISPO

( * 08/12/1954 - 21/07/2001 † )

77-094

 

(...) O meu até breve ao “Sapo-Boi”, ou “Super-Bicho”, como deve ser mais bem lembrado por ter ultrapassado a porta de vidro do cinema em BQ. Mesmo os que conviveram apenas um mês, hão de se lembrar do fato, quando imediatamente após a liberação pelo “Chumbinho”, em desatada correria a fim de piruar uma “pole position” para beber água ou satisfazer outra necessidade qualquer, não se dera conta da moderna porta de vidro, que não resistindo à sua pressa foi reduzida a pó causando um barulho assustador ao resto da turma, que naquele momento mal havia se levantado. Daí a pecha de “Super-Bicho”, pois que surgira dos estilhaços com escoriações por todo o corpo, felizmente sem maior gravidade. De lá para a AFA, quando mais proximamente convivemos, era o mesmo Bispo a comentar com bom humor suas peripécias aeronáuticas diante do seu instrutor de vôo, o famoso “Barbosinha”, da esquadrilha Sírius, cujos debriefings eram por ele tão bem imitados. Nunca mais nos vimos, embora tenha acompanhado sua trajetória como oficial da Marinha Mercante e esporadicamente recebido notícias através de um ou outro. Ao retornar de férias, no entanto, leio a notícia da sua corrida definitiva. Mais uma vez apressado, ele se antecipou para chegar primeiro. Bispo, de novo você abandonou o recinto sem que ninguém notasse, sem autorização, e dessa vez você se superou meu amigo, pois foram dois ou três dias até o ruído do vidro quebrando. Dei boas gargalhadas há pouco, quando relembrei o episódio da porta de vidro em BQ, agora, um pouco comovido, relembro um encontro de turma, quando me disseram que você freqüentemente perguntava por mim. E eu que havia me prometido fazer um contato por qualquer meio disponível, mas você, apressadinho, tinha que sair na frente. De minha parte quero te pedir para tirar um pouco de motor, ter paciência e esperar até o dia em que de novo possamos estar todos juntos. Até lá, por favor, aguarde para quebrar novas portas. Nós todos pedimos por você.

FERNANDO (71-263 77-070)

 

 

Carlos Alberto RIBEIRO da Silva

( * 24/01/1955 - 11/01/2001 † )

77-204

 

O Boca (Veraaal!) solou o T-23 Uirapuru no mesmo dia que eu. Era uma turma numerosa tomando o “banho” com a água de uma mangueira do carro de bombeiro. Um momento de realização e alegria plena! Infelizmente ele acabou deixando o nosso convívio ao final do terceiro ano e não chegou a voar o T-37C. Soube que ele voava helicóptero fazendo inspeção na rede de alta tensão e acabou vindo a falecer em conseqüência de um acidente aéreo.

OSCAR (71-214 77-176)

 

71-126

LORAYDAN Soares Junior

( * 01/09/1953 - 30/01/2000 † )

77-105

Fizemos parte da turma “D” no primeiro ano da EPCAr, em 1971. Era uma pessoa bastante reservada, bem ao estilo mineiro, comportado, pouco falante e não reclamava de nada. Na época, pude observar que ele fumava muito e eu tinha isso como um grande prejuízo para a saúde de qualquer um.

ARAÚJO (71-098 ▪ 77-125)

 

71-070

Jony de Vargas BEATO

( * 13/04/1953 - 17/12/1999 † )

77-051

 

Ninguém nunca precisou pedir nada. Espontaneamente e com imensa boa vontade e alegria que lhe eram peculiares, o Beato começou a organizar as Reuniões da Turma Maracujá, mobilizando outros colegas para ajudá-lo. Sempre esteve pronto para ajudar e participar do que fosse necessário. Nos últimos anos de vida, se envolveu com a política, o que acabou por conflitar com a vida militar e a afastar alguns companheiros da FAB do seu círculo de amizades. No fundo, era uma pessoa que se entregava de corpo e alma a suas convicções e que gostava de viver intensamente - o que fez até a sua partida definitiva.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-061

Luiz Fernando de MENDONÇA Neves

(* 11/12/1954 - 17/11/1996 † )

77-123

 

Na época que cursávamos a AFA, eu viajava regularmente para o Rio no meu carro, acompanhado por outros três amigos da Turma que dividiam as despesas de gasolina. No início de 1977, no entanto, o governo determinou que os postos de abastecimento deviam manter-se fechados durante a madrugada e nos domingos e feriados – como viajar de Pirassununga para o Rio e vice-versa com os postos para abastecer? As soluções criadas foram várias: abastecer em postos que desrespeitavam a determinação, cobrando muito mais caro pela gasolina, e transportar galões de gasolina no porta-malas são apenas duas delas. Entretanto, graças ao Muvuco, resolvemos o nosso problema de abastecimento sem custos adicionais ou comprometimento da segurança: ele convenceu o pai a comprar gasolina para nós antes dos postos fecharem e deixá-la estocada em galões na varanda da casa em Guaratinguetá, deu-nos uma cópia da chave da varanda e, assim, nas madrugadas de domingo para segunda parávamos por lá, abastecíamos o carro, deixávamos o dinheiro e prosseguíamos a viagem até Pirassununga. Esse era o Muvuco, um grande amigo, sempre pronto a ajudar.

OSCAR (71-214 77-176)

Muito procurei, durante todos esse anos, uma página na internet que falasse da Turma do meu pai (seu nome de guerra da EPCAR era Mendonça e acabou sendo Luiz Fernando, quando na ativa), foi quando achei essa HP. Relutei muito em escrever. Afinal a tristeza e as saudades ainda estão fortes em mim e em todos de nossa família. Gostaria que todos soubessem que o Cel. Luiz Fernando foi um homem orgulhoso de sua profissão e de seus companheiros. Um homem generoso, que foi homenageado pela Escola que tanto se dedicou (EEAR) sendo patrono da Turma 205, apenas seis meses depois de nos deixar. Podem ter certeza que ele está, onde estiver, feliz por vocês estarem reunidos, mantendo viva a memória da Turma Maracujá.

Virgínia Neves (filha) em 21/07/05

 

 

DEJAIR Ramos Avellar

( * 14/04/1952 - 19/07/1996 † )

77-290

 

O Dejair foi um dos companheiros da Turma desligados em vôo que ficaram mais um ano na AFA, concluindo o Curso de Formação de Oficiais Intendentes em 1978. Alguns o chamavam de “Pacó” pela sua semelhança com o Pacobahyba da Turma de 68. Servimos em Belém na mesma época, e acabamos promovendo a primeira reunião regional da Turma Maracujá que temos registro, em 13/10/1984, com as presenças do Theodoro e do Ubirajara – Oficiais Intendentes, do Albuquerque – Oficial Aviador, do Couto – Oficial Engenheiro, do Ivan – Oficial de Marinha, e do Mota – Agente da Polícia Federal. Acabou vindo a falecer no Rio de Janeiro, sua cidade natal.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-106

Pedro ERNESTO Silva Santos

( * 05/05/1952 - 05/02/1995 † )

 

Durante o primeiro ano da EPCAr o Arataquinha descobriu que podia ter feito concurso direto para o Curso de Formação de Pilotos Militares - CFPM, em Natal-RN, porque já tinha o curso ginasial completo. Assim, ao final de 1971, fez o concurso e passou para o CFPM, tendo seguido para Natal depois de ter convivido conosco somente no ano de 1971.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-306

ADERSON de Oliveira Lima Junior

( * 29/04/1952 - 22/05/1994 † )

77-152

 

Surpreendi-me com a quantidade de fotos em que o Aderson aparece, não é que ele estava em todas!

OSCAR (71-214 77-176)

 

 

Manoel Vieira de CERQUEIRA Neto

( * 25/09/1954 - 21/02/1992 † )

77-212

 

O Cerqueira era um dos “desaparecidos” da Turma – companheiros que não temos telefone ou email de contato; daí, pedi para o Franciscon e o Aurélio ver se o encontravam no último endereço conhecido em São Paulo. Sem sucesso, o Franciscon lançou um apelo por email a quem tivesse alguma “pista” dele e o Donizett respondeu: “Procura na Praça da Sé que é capaz de você encontrar o Mico de Realejo por lá!”. Brincadeiras a parte, algum tempo depois ficamos sabendo do seu falecimento. Era um companheiro alegre e brincalhão. Procurando fotos dele acabei achando uma que bem representa a sua passagem entre nós, tirada em um churrasco que fizemos em frente ao Postinho, em Pirassununga, com ele rindo sentado no pára-choque do jipe do Aquino com um copo de cerveja na mão.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-142

Luiz Antônio Andrade FRANCO

( * 29/03/1954 - 29/11/1991 †)

77-096

(...) lembro-me de um fato interessante que ligou dois dos nossos amigos que já se foram do Planeta. Consta que o Franco tinha alguns poderes mediúnicos, os quais, infelizmente ou felizmente, só o Criador sabe, não serviram para alertá-lo do momento da sua passagem. Quando regressamos para a Academia após o final de semana em que falecera o Leão, o Franco me disse que na noite de quinta para sexta-feira anterior havia sonhado com um acidente com um colega de turma e com um chevette, só que ele não identificou no sonho quem era. Então, na sexta-feira procurou alertar todos os colegas que possuíam chevette do sonho que havia tido. Quando chegou para falar com o Leão, já na saída para o licenciamento, ele, o Leão, que havia incrementado o seu carro amarelo trigo, disse para o Franco entrar no carro e experimentar dirigi-lo um pouco, etc. E com isso, o Franco se esqueceu de avisá-lo sobre o sonho (o que eu acho que não faria a menor diferença para o Leão) O curioso foi que ao contar o caso para mim, como disse no início, já na segunda feira, o Franco, achando que eu não estava acreditando muito, me colocou frente a frente com colegas que confirmaram que na sexta o Franco realmente os havia alertado. Grande figura o nosso saudoso "Gato de Armazém". Com certeza, ele está bem.

RENÊ (71-300 ▪ 77-061)

Aprendi a dirigir em 1973, dentro da EPCAr, em um Fusca verde que o Franco eventualmente trazia de S. Paulo e, muito discretamente, alugava a poucos Maracujás, dedicando algumas horas como instrutor de direção. Um dia, nas imediações dos apartamentos, o Ten. Batista "Chumbinho" nos viu e desconfiou dessa prática. A partir disso, percebemos que o "Chumbinho" passou a nos vigiar, escondido em algum ponto estratégico da Escola, talvez na expectativa de flagrar algum ato perigoso ou sem conformidade com regras vigentes, que justificasse a sua emblemática frase: 'Te peguei-te'! Anos depois, como oficial, fiz vários cursos no Instituto de Logística da Aeronáutica, em S. Paulo, quando pude desfrutar de grande apoio do Franco que servia naquela Unidade de ensino.

ARAÚJO (71-098 ▪ 77-125)

 

71-119

Hélio Carlos Braz MANDARINO

( * 29/07/1954 - 11/05/1991 † )

77-121

Em 1978, ainda Aspirante, em passagem pelo Campo de Marte, em S. Paulo, encontrei o Tenente Aviador R1 Mandarino. Nesse dia, depois de uma conversa relembrando as diversas passagens juntos na EPCAr como “laranjeiras” – como era chamado o pessoal que passava os finais de semana na Escola, ele partiu para Manaus em uma missão a serviço da FAB, em um dos C-47 remanescentes da época.

ARAÚJO (71-098 ▪ 77-125)

 

71-227

Valter Augusto DONATO de Jesus

( * 26/11/1954 - 13/10/1990 † )

77-129

 

(…) me fez lembrar de um episódio ocorrido em Fortaleza, não me lembro o ano exatamente (85 ou 86). Foi durante um deslocamento do 1°/14° para uma manobra nos ares cearenses. Após um dia de muitos vôos, REVO's (reabastecimento em vôo) bem balançados e calor intenso fomos todos espairecer lá pelas bandas da praia de Iracema. Assim, depois de um certo tempo, algumas cervejas já tinham rolado, alguns já não estavam mais no campo visual (…). Ainda estávamos lá alguns companheiros, entre eles o Donato, o Louco Manso como ficou conhecido nos pampas. Já com a conversa um tanto pastosa, ele falou: " - Acho que vou dar uma jogadinha naquela máquina lá." Era uma máquina daquelas de "come-come", que fazia um barulhinho irritante à medida que o bonequinho "comia" os pontinhos da tela. Nosso amigo Donato comprou uma (isso mesmo, apenas uma) ficha e estacionou na frente da máquina por volta das 23:00 h e começou a jogar... "pi... pi... pi..." e lá vai o bonequinho "comendo" os pontinhos da tela, enquanto o fantasminha tentava, em vão, alcançar o bonequinho. Plim... o Donato ganha mais uma vida e continua a manobrar o bonequinho... "pi... pi... pi..."... plim... mais uma vida. E assim foi até que lá por volta da meia noite algumas pessoas da fila, que já tinha se formado atrás, começaram a desistir de jogar. "pi... pi... pi..."... plim... mais uma vida, e lá vai o Louco Manso manobrando o tal do bonequinho. A gente continuava a abastecer o Donato com cervejas, a pedido é claro, mesmo porque ele não podia deixar a máquina nas mãos de qualquer um de nós ali, senão a balança iria pender para o lado do fantasminha. Para encurtar essa história, lá por volta das 02:30, alguém arrancou o Donato da máquina, sem ter perdido uma única vida até aquele momento, aliás, tinha colecionado um monte delas. Depois que o Donato saiu da máquina, ainda demorou para o fantasminha detonar todas elas. É isso aí (…) o Donato era assim, tinha uma tremenda habilidade e uma sagacidade ímpares. Além disto, era um grande e verdadeiro amigo, daqueles no qual a gente podia confiar sem o mínimo receio.

AURÉLIO (71-215 77-034)

(…) E o Donato? Quantas partidas de pebolim, xadrez, futebol e sinuca perdi para o cara? Além de ser um tremendo safo... E quando juntava Bigeli, Donato, Oscar, Leão, Ronaldo, e eu... Bem, boa coisa não se podia esperar. Sempre um estava ferrado! Invariavelmente eu... Não era muito safo como eles.

CAPELLA (71-232 77-159)

Meu parceiro obstinado de jogo de totó no cassino da EPCAr. Entrávamos em disputa para medir os nossos reflexos manuais. A última vez que vi o Donato foi quando ele era Major e passou no PAME a serviço, onde eu estava servindo como Capitão. Almoçamos e, dentre diversos assuntos, recordarmos as inúmeras horas que dedicávamos a esses jogos!

ARAÚJO (71-098 ▪ 77-125)

 

71-220

LUIZ Fernando de Assis

( * 11/09/1952 - 08/11/1988 † )

77-134

(...) Luiz vinha de Ribeirão Preto naquele fusca amarelo, com farol de milhas, som e tudo mais, juntamente com outros companheiros de farra. Já eram altas horas da madrugada quando trafegando pela estrada Pira para Aguaí, próximo da Academia, surge repentinamente um lobo. A Turma meio pra lá e meio pra cá, cheia de chope do Pingüim, avisa para o Arataca: - Lobo a frente! Passa alguns segundos e o negão fala: - já era pessoal, o lobo se foi. Inconformados com o atropelamento, mas preocupados com o estado do carro, a turma pára adiante e desce para verificar as avarias. Não havendo problemas com o carro decidem - vamos levar o lobo para a Academia. Pegam o defunto e o alojam no porta-bagagem do carro e retomam o rumo da AFA. No caminho decidem o que fazer com a criatura. Ao chegarem ao estacionamento carregam o defunto nos braços e o colocam na cama de outro arataca que carinhosamente se enroscou com ele.

TITO (71-311 ▪ 77-098)

Outra do negão e comparsas que me contaram. Como de costume, voltando da farra naquele tremendo bólido amarelo, resolve o Luiz e companheiros pregarem uma peça no alojamento. Por votação o escolhido foi o (...), que naquela altura da madrugada fria dormia em berço esplendido, sonhando em alçar vôos sob o manto da águia altaneira, embalado pelo canto da "esquadrilha é um punhado de amigos a vibrar a vibrar de emoção..." Coitado, mal sabia o que estava prestes a lhe acontecer. No estacionamento desembarca o negão e sua turma. Sobem silenciosamente a escada do alojamento e no corredor começam a preparar a peça. Abrem uma abóbora, que o negão fazia questão de chamar de jerimum. Com uma faca pontiaguda abrem quatro furos em uma das faces do jerimum representando os olhos, o nariz e a boca. Introduzem no interior do jerimum uma vela. De uma face a outra abrem dois pequenos furos de modo que por ali passasse uma guia. Tudo pronto: guia montada de uma divisória a outra e vela acesa, corre o negão ao banheiro e coloca sua mão na água fria que jorrava da torneira. Com a mão quase gangrenando pelo frio, retorna rapidamente ao cômodo entre as duas divisórias e se aloja em baixo da cama do (...). Coloca a mão sobre o peito da vítima e pede que soltem a parafernália, após proferir por diversas vezes a frase: "acorda (...), acorda (...)”. O (...) meio cambaleante das idéias, não entendendo nada, mas sentindo que algo estranho e gélido havia se apoderado do seu peito, abre os olhos e se depara com uma caveira aproximando-se com uma velocidade igual a de um jato. Em pânico se levanta e sai correndo aos gritos pelo alojamento. Coitado do (...). O susto foi tão grande que acabou tendo que ir para o hospital e a turma arrependeu-se do que fez.

TITO (71-311 ▪ 77-098)

 

 

Ronaldo Rui LOBO César

( * 20/09/1953 - 20/07/1987 † )

77-221

 

Soube que o Lobo, paraense de Belém, costumava “pagar pincéis” para os amigos. Em uma oportunidade, quando estávamos fazendo o curso de piloto de caça em Fortaleza, ele pediu para um companheiro de Turma, que ia fazer uma viagem de T-25 Universal para Natal, para levar uma “encomenda” para um amigo que morava por lá. “– Sem problema!”, respondeu o companheiro. Afinal, não havia nada de mais em fazer este favor. Ficou combinado que o Lobo deixaria o “pacote” na Sala de Tráfego ou outro local próximo ao pátio de estacionamento de aeronaves. E assim foi feito. Pela manhã o piloto chegou para o vôo e encontrou o “pacotinho” deixado pelo Lobo: uma motocicleta desmontada! O companheiro, com a ajuda de um Sargento, teve que carregar peça por peça (algumas muito pesadas) para o avião que acabou dando pane na saída. Foi necessário trocar de avião - descarregar e carregar tudo de novo. O companheiro de turma passou a viagem inteira resmungando com dores no corpo e, ao chegar a Natal, não tinha ninguém para receber a encomenda. Ainda teve que descarregar as peças da motocicleta sozinho e achar um local para guardá-las até que alguém viesse buscar. Nada que não fosse levado na esportiva!

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-178

Victor Hugo DETONI

( * 04/07/1955 - 03/11/1985 † )

77-059

 

A saudade é amarga quando um companheiro se vai e, ainda tão cedo. Detoni era um grande companheiro. Morava em Barbacena e, logo no primeiro ano, fizemos amizade e sua família me adotou como filho. Estávamos sempre juntos apesar de não estarmos na mesma turma, mas os momentos de reflexão e companheirismo nos tornaram grandes amigos. Gostava de estar "no padrão" e se esmerava para assim ser. Minhas recordações sempre serão as melhores de um grande companheiro e incentivador. Meu caro amigo, onde estiveres, com certeza sabes, que nós da tua Turma Maracujá lembramo-nos com carinho e respeito pelo que fostes e pelo que significas. Até breve.

PACH (71-273)

 

 

Reinaldo LUCCI

( * 07/10/1950 - 11/10/1985 † )

77-286

 

O Lucci era da turma de sargentos que fizeram prova para a AFA e acabaram se incorporando à Turma Maracujá. Sempre tranqüilo e dedicado, formou-se e, quando teve oportunidade, voltou para ser instrutor de vôo na Academia onde, infelizmente, veio a falecer em um acidente num vôo de formatura de T-25 Universal. Na sua volta para a AFA, o Lucci aproveitou o tempo livre para reunir material para publicar a revista da nossa turma. Com a sua partida, contudo, os arquivos se perderam.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-058

Edson SIDNEI da Silva Batista

( * 10/12/1952 - 25/10/1984 † )

77-281

Nem tudo roda debaixo da nossa vontade e frente às decisões do destino há que nos sentirmos pequenos e assombrados. Quis este tirano roubar-nos as alegrias geradas na reunião da turma, esvaziando nossos corações num único segundo... Lembram-se do Sidnei? Quase sempre quieto, às vezes parecendo mesmo alienado, mas sempre capaz de nos surpreender com as melhores imitações e os melhores “causos”. Ninguém lhe viu nervoso com o que quer que fosse, em nenhuma ocasião, e no entanto, foi a este homem que o acaso levou num acidente de moto. Entretanto a impressão que dele devemos guardar não é a do estarrecimento pela brutalidade de seu falecimento, mas a do “super”, capaz de inúmeras proezas agarrado a uma barra horizontal. Temos de nos lembrar é do seu espírito cordato e amigo, pois acreditamos que, tanto quanto nós, também ele queria driblar (ou levar de roldão) a tristeza, fazendo prevalecer o espírito de alegria e companheirismo que começa a nos cercar. Permitamos que o seu desaparecimento tenha embotado o brilho de nossa felicidade apenas pelo tempo em que estivemos sob o impacto do choque, mas que agora esteja também ele velando pelo porvir, em que sua companhia estará indelevelmente marcada na nossa lembrança. Sidnei, agradecemos por teres existido e por ter-nos dado o valor da tua camaradagem e amizade durante a tua feliz estadia neste mundo.

GALVÃO (71-036 ▪ 77-036)

 

71-063

Marco Antônio MARCATO

( * 02/06/1954 - 07/12/1983 † )

77-168

(…) a idade já pesa, as lembranças se tornam confusas, mas certos momentos são indeléveis: nosso grande amigo Marcato nas corridas pela cidade geralmente ficava estatelado na primeira ladeira após a vila dos oficiais e conseguia escapulir da suga mais puxada. Mas teve um dia que ele foi imbatível, teria superado o próprio Super Senna se o mesmo estivesse presente no evento. Era um domingo ensolarado, em torno das sete horas da manhã, a grande maioria dos alunos que não viajaram ainda estavam curtindo o berço. Marcato dormia na cama de cima próxima a janela do corredor, ainda estávamos no primeiroano da gloriosa EPCAR, e eu já tinha acordado e arrumava meu armário numa posição privilegiada de onde podia contemplar quase todo o alojamento, principalmente próximo a entrada do banheiro, quando um grande estrondo acompanhado de vidro quebrado, poeira e vapor adentrou o alojamento. Neste instante, que para mim foi muito demorado, pois consegui ver quase todos os detalhes do alojamento passando em câmera lenta, verifiquei que o Marcato tinha incorporado a agilidade de um gato conseguindo passar pela janela guilhotina semi-aberta com um único toque no solo ou seja, do beliche à janela ele só tocou no solo uma única vez. Todos correram, para a porta, mas Marcato tinha se comparado a Ícaro, ele não correu, ele decolou. Grande Marcato! Grande amigo! (A explosão foi proveniente do vaso acumulador de vapor da caldeira nos últimos meses de 1971)

COUTINHO (71-051 ▪ 77-158)

 

71-075

JAYME Cruz da Costa

( * 05/05/1953 - 06/01/1981 † )

77-161

 

O paranaense Jayme, ou “Aranha”, seguiu para a AFA com a Turma, mas acabou desligado ao final do primeiro ano do curso, em dezembro de 1974. Completou o curso para oficial aviador da reserva e foi voar na aviação geral, vindo a falecer em conseqüência de um pouso forçado após falha do monomotor que pilotava sobre a Ilha de Marajó, no Pará.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-073

Mauro Sérgio CONSTÂNCIO

( * 22/04/1953 - 29/11/1980 † )

77-067

 

Tenho uma passagem sobre o Constâncio que é da época da EPCAR (creio que ele não foi para a AFA): Você se lembra que o Constâncio era corredor de 400 metros? Com isso é de se esperar que os músculos da perna dele fossem bastante desenvolvidos, notadamente os da coxa. Pois bem, estávamos em um dia meio frio lá na piscina do ginásio de BQ e o Constâncio veio de um de seus treinamentosna pista de corrida. Sem cerimônias ele saltou na piscina e, de repente, começou a gritar dentro da água. Dizia que senti uma forte dor na perna direita. Foi um sufoco tirar aquele brutamonte da água. Verificamos que ele estava com uma tremenda câimbra no quadríceps (músculo frontal da coxa). Rapaz, eu nunca tinha visto uma câimbra daquelas. Tinha uma bola na perna dele, do tamanho de um punho. Ele gemia e se contorcia de dor. Finalmente, chamamos o mestre da natação e ele deu um jeito, com alongamento e massagem, trazendo o nosso Constâncio à normalidade.

AURÉLIO (71-215 77-034)

 

BOLÍVIA

Herbert VIRUEZ Gutierrez

( * 11/08/1953 - 26/04/1979 † )

77-198

 

O gringo erauma figuraça! Conta o Ingolotti que uma vez, em 1977, batalhou muito uma folga antecipada para ir até ao Paraguai “visitar a família” em um fim de semana que haveria uma partida entre as seleções de futebol do Brasil e do Paraguai em Assunção. Ele viajou numa quarta ou quinta-feira para voltar na madrugada de domingo para segunda. O vôo era a partir de Campinas em uma empresa aérea paraguaia e o Viruez foi deixá-lo no Aeroporto de Viracopos no carro do Ingolotti (para quem não se lembra, uma Mercedes a diesel) e deveria buscá-lo no mesmo local na volta. A visita à família foi tão animada que o Ingolotti não conseguiu dormir nem um minuto enquanto estava em Assunção, entrando e saindo de boates, restaurantes e cassinos. Não importava! Na volta ele teria um bom tempo para recuperar o sono durante o vôo de regresso. Doce ilusão... no mesmo vôo vinha boa parte da torcida brasileira, animada pela vitória na casa do adversário, batucando e cantando. O Ingolotti, que já estava muito cansado, agora também estava irritado e quase caindo de sono pois não conseguia descansar com o barulho. Tudo bem, ainda havia o trajeto de carro de Campinas até Pirassununga para se recuperar, enquanto o Viruez dirigia. Chegando no Aeroporto em Campinas, com algumas horas de atraso, cansado, estressado e louco para dormir, o Ingolotti pegou as bagagens e começou a procurar o Viruez que não estava no local combinado. Procura daqui... procura dali... pergunta aos funcionários da administração do aeroporto e, finalmente, alguém tem uma pista do Viruez: tinha visto um gringo que correspondia à descrição no bar do aeroporto. Não que era ele! Lá estava o Viruez, torto de tanto beber enquanto esperava o Ingolotti e sem condições de dirigir! Bom, pelo menos ele se lembrou de onde havia estacionado o carro. O Ingolotti teve que dirigir o carro até Pirassununga, chegou quase na hora da alvorada e descobriu que estava escalado na madruga. Apagou na curva após a decolagem. O instrutor teve que voltar e pousar o T-37. O Ingolotti? Baixou hospital para dormir, dizem que o colocaram num leito ao lado do Viruez que estava curando uma ressaca!

OSCAR (71-214 77-176)

 

71-137

Benedito Antônio QUAIATTI

( * 15/10/1952 - 13/03/1979 † )

77-020

Quaiati (3)Em 1978, eu estava fazendo o curso de controlador de tráfego aéreo no ITA em S. José dos Campos, quando me deparei com colegas da turma que estavam por lá fazendo algum curso. Não me recordo mais com quem eu me encontrei, mas fiquei feliz de saber que o Quaiati estava por ali. Era um dos que eu havia feito amizade em BQ. Como faziam quase cinco anos que eu não via nenhum deles, fiquei por ali para ver se era reconhecido e para matar as saudades. De repente, lá vem o Quaiati... Uniforme meio desconjuntado, sem cinto! Veio distraído (provavelmente preocupado com a falta do cinto), parou na minha frente e, para surpresa e gozação de todos, olhou para mim e disse: "- Oi, Borges! Você tem um cinto para me emprestar?"

BORGES (71/187)

Eu estava servindo como Aspirante na Base Aérea de Salvador, minha primeira Unidade da carreira, e encontrei o Quaiati que estava de passagem pela Base, proveniente do CATRE com destino à Base Aérea de Florianópolis, onde iria assumir suas primeiras funções como Oficial. Desfrutamos de um suntuoso almoço com comida típica no 1º/7º GAV, se não me engano, em comemoração a um evento festivo que ocorrera naquela OM. Depois desse almoço e um bom papo sobre nossa convivência anterior, sempre demonstrando estar ansioso e feliz pela nova etapa na aviação que iria vivenciar, ele decolou para o seu destino em Santa Catarina. Talvez eu tenha sido o último companheiro da Turma que, pessoalmente, se despedira dele, antes do trágico acidente aéreo que o vitimou na mesma semana, a bordo de um Albatroz.

ARAÚJO (71-098 ▪ 77-125)

 

71-289

José Maria CURADO Ribeiro

( * 09/10/1953 - 10/10/1978 † )

77-002

 

(...) Dias antes de morrer ele propôs trocar de Esquadrão comigo, já que não estava seguro com seu futuro na Aviação de Caça, e eu estava fazendo o curso deBandeirante, após o afastamento do Joker (Unidade de Xavante que preparava os futuros pilotos de caça). Aliás, ele havia pedido afastamento do curso meio sem firmeza, e daí não deram - uma forçada de barra, e deu no que deu logo no primeiro vôo após o pedido: um estol assimétrico (violenta perda de controle lateral) no estande de tiro de Maxaranguape e uma entrada chão adentro. Lembro que no 4º Ano ele já havia demonstrado intenção de direcionar sua carreira para a aviação de transporte, onde, em suas palavras, poderia ajudar aos mais necessitados: a inspiração do legado do Correio Aéreo fazia mais uma cria... Acontece que possuía habilidade destacada no desempenho da atividade aérea, e aí nossos instrutores buscaram ao máximo - para mim na boa intenção do serviço e do aproveitamento do dom - seu emprego na Aviação de Combate.Vale ainda dizer que passamos juntos a ameaça de desligamento do curso de aviadores: eu não enxergava e ele não escutava... nas noites de sexta-feira de Pirassununga, por várias vezes, no balcão do Bar Azul, tragávamos a infelicidade presumida combinando, caso fôssemos desligados, não voltar para os respectivos lares: iríamos para a Amazônia buscar a vida, talvez com madeira, mas por certo entraríamos para um empreendimento, pois não ficaríamos parados no lamento do passado. O destino levou a que eu pudesse casar o sonho com meia-realidade, posto que servi por seis anos na Região Amazônica, e sempre que sobrevoava Humaitá, ali perto do Madeira no limite Amazonas - Rondônia me lembrava dele, isso porque foi um dos longínquos lugares do imaginário acadêmico que nos inspirava o futuro alternativo. Soube de sua morte após o regresso de uma viagem de serviço, quando vi que algo não ia bem ao olhar pela janela do Bandeirante: havia uma movimentação irregular no pátio de Natal, para mim era 10 de outubro de 1978. Muitos anos depois, falei por telefone com sua irmã, a qual eu nunca havia conhecido - nem sabido -, já que o Curado sempre falava de sua mãe e da vontade que ele tinha em ajudá-la: foi uma conversa que emocionou a ambos.. coisas da vida! A última vez que o vi, bebemos vinho e jogamos as garrafas no leito do Rio Potengi, vai ver as garrafas ainda estão lá, como prova da nossa amizade. Se assim não foi, devia ter sido.

ROMULO (71-162 77-003)

Excelente companheiro e amigo! Por vezes, nos finais de semana que passávamos na EPCAr, desfrutávamos da piscina do ginásio, onde ele gostava de se aventurar na prática de saltos ornamentais!

ARAÚJO (71-098 ▪ 77-125)

 

71-249

João Pinto Barbosa JUNIOR

( * 06/02/1957 - 28/05/1978 † )

77-015

Junior 3Junior (2)A história escolar do Júnior era curiosa. Se bem me lembro, quando pequeno, uma tia deu um “empurrãozinho” para ele iniciar os estudos um ano antes do normal e assim foi até que, com apenas 13 anos, ele resolveu prestar concurso para a EPCAr! O argumento usado para fazer o concurso foi de que ele completaria 14 anos, a idade mínima para ser matriculado, antes do início do curso. É bem verdade que o esforço pessoal, refletido no excelente desempenho escolar, sempre foi o seu melhor “cartão de visitas”. Bem, em março de 1971, já com 14 anos, o mais jovem Maracujá ingressava na EPCAr e depois na AFA. Declarado Aspirante a Oficial Aviador em 12 de dezembro de 1977, o Junior seguiu com os demais Aviadores da Turma para o estágio de cerca de um ano no CATRE, em Natal - RN. Quis o destino, no entanto, que ele viesse a deixar a vida terrena naquele ano de 1978, num trágico acidente ocorrido no dia 28 de maio após a decolagem com um T-25 em Mossoró - RN.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

 

ANTÔNIO CARLOS de Araújo

( * 08/06/1951 - 22/03/1978 † )

77-240

A Carlos 3AA A Carlos 7AA Carlos 10

 

Posso me sentir ainda nos ares. É difícil que eu pouse tão cedo, sentir que não existe um horizonte que separe a terra do céu! (...) Trazendo em minhas mãos uma criação de engenhosidade dos homens. Na reta final aquela vontade de eternizar-me entre céu e nuvens e realizar em Deus a eterna clamação. Em seu reino voar, voar cada vez mais, tornando-me de um mortal vulgar, em um piloto eterno. (...) Foi então que Deus disse: - Olhe para os teus braços! E ao olhar vi que não os tinha mais, no seu lugar ganhei duas enormes asas. Muito obrigado Senhor!

(Trechos de poema do próprio A. Carlos encontrado entre seus pertences)

(...) amigo de AP, de esquadrilha e de muitas lembranças. Extrovertido e brincalhão que era, não perdia a oportunidade de uma brincadeira, uma piada, fosse transitando pela Academia, na sala de aula, no GIA e assim por diante.

INÁCIO (77-228)

 

71-064

José Luiz CARNEIRO Camargo

( * 27/07/1956 -           1978 † )

 

 

Nascido em Campo Grande – MS, o Carneirinho conviveu conosco durante os três anos da EPCAr, mas acabou não seguindo para a AFA com a Turma. Viveu intensamente os momentos alegres e superou as adversidades da vida militar com coragem e disposição. Entre os 321 companheiros tinha uma turminha mais chegada da qual eu não fazia parte, mas não posso deixar de comentar sua passagem por BQ.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-236

Luis Alberto Gomes LEÄO

( * 20/04/1952 - 29/10/1976 † )

77-075

 

Não sabia de tantos companheiros de caserna que já despertaram para a Vida Real. De todos tenho lembranças com carinho... De alguns, porém, tenho vívidas memórias de companheirismo e camaradagem... Não que os outros não o fossem, porém trata-se apenas de flashes da convivência da época. Quem não se lembra do Leão? Era impossível ficar sério durante o hastear e baixar da bandeira do pátio. A Reta da Turma H estava sempre se ferrando, mas era demais... Quantas cervejas não tomamos juntos na ruela ao lado do muro de BQ?

CAPELLA (71-232 ▪ 77-159)

 

71-259

MARCUS Rodrigues de Carvalho

( * 12/12/1955 -           1973 † )

 

Marcus 4

É uma pena, mas só encontrei esta foto do Marcus, nem mesmo na Revista Senta a Pua que ilustra a nossa passagem pela EPCAr havia uma foto dele.  O Marcus conviveu dois anos conosco, mas ninguém tem uma foto dele. Isso é que é ser “moita”!

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

Marcus 4

E não é que depois de um longo tempo conseguimos encontrar a foto do Marcus para a Carteira de Identidade Militar expedida no tempo da EPCAR. Estava em um arquivo no CENDOC e foi encontrada graças ao esforço do Jailton (71-310 77-019) do pessoal daquele Centro que fez uma intensa busca em caixas e mais caixas de documentos antigos.

OSCAR (71-214 ▪ 77-176)

 

71-278

Rui Guilherme da MOTA Pereira

( * 10/07/1954 - 30/12/1972 † )

 

Mota 71-278(...) Curta foi tua estrada... Breve foi tua partida. Deixaste no coração dos que ficaram e continuam, uma promessa de vida, a saudade de um companheiro de viagem. Teu ideal aqui não foi atingido mas temos certeza de que viajas confiante para outro... e então viverás eternamente na nova “Pátria”. Até lá companheiro...

Revista Senta a Pua 71

 

 

Enfim, sabem o que eu acho? Acho que eles neste momento estão nos observando... Voando em céus mais brigadeiros do que nunca... Sem precisar de máquina e sem ter medo de cair... Devem estar rindo das cagadas que fazemos... É galera, eu acho que é assim que eles podem estar. Assim espero!!!

CAPELLA (71-232 ▪ 77-159)